A inseminação artificial é um tratamento para infertilidade que consiste na introdução de espermatozoides no útero da mulher em seu período fértil. No entanto, para que haja um resultado positivo, são necessários alguns cuidados, como, por exemplo, a escolha de uma boa clínica e de um profissional de confiança.
A inseminação é recomendada tanto em casos de infertilidade feminina quanto masculina, também sendo bastante utilizada por casais homoafetivos. Além disso, esse procedimento é um tratamento simples e pouco invasivo, com alta taxa de sucesso e poucos efeitos colaterais.
No entanto, os resultados do procedimento vão depender de alguns fatores, como, por exemplo, a qualidade do esperma, saúde do útero, condições das trompas de falópio e da idade da mulher. Se nenhum desses fatores for problema, sua taxa de sucesso será alta.
Inseminação Artificial: Cuidados
Cuidados para o homem:
Para o homem, é importante ficar em abstinência sexual de dois a cinco dias, para garantir uma boa quantidade e qualidade de sêmen. Além disso, é preciso evitar stress, calor na região genital, consumo excessivo de álcool e o fumo nesse período.
Cuidados para a mulher:
Quanto a mulher, é necessário um check-up antes do procedimento de inseminação, para checar se está tudo certo com sua saúde. Além disso, durante esse período, é preciso evitar o consumo de bebidas alcoólicas e cigarros. É indicado também, pelos profissionais de saúde, uma suplementação com ácido fólico.
A idade da mulher é um fator importante a se levar em conta na inseminação artificial. O procedimento tem 20% de chance de sucesso a cada ciclo, entretanto quanto mais idade tem a mulher, menores são suas chances. Portanto, é indicado que o tratamento seja feito antes dos 35 anos e não após esse período.
Como a inseminação artificial é realizada?
Primeiramente é feita uma estimulação ovariana, onde busca-se verificar os níveis de estradiol no sangue, junto com ultrassonografias para comprovar o crescimento e evolução dos folículos.
Então, quando esses folículos alcançarem o tamanho adequado, programa-se a inseminação para aproximadamente 36 horas depois de uma injeção de HCG, que serve para induzir a maturação dos óvulos.
A preparação do sêmen é feita algumas horas antes da inseminação programada e consiste na coleta do mesmo por meio da masturbação. Logo depois é feita a qualificação no laboratório. Nesse procedimento, apenas os espermatozoides aptos a fertilizar são escolhidos, aumentando assim seu potencial de fecundação.
Por fim, estes espermatozoides qualificados são inseridos no interior da cavidade uterina através de um cateter. Aliás, isto é o que chamamos de inseminação artificial.
Como é feita a preparação?
O casal deve passar por uma preparação, acompanhados por um (a) especialista que realizará a estimulação ovariana.
Quanto ao homem, nalgumas horas antes da injeção, deve-se coletar uma amostra de sêmen, feita através da masturbação. No entanto, para conseguir obter uma boa quantidade de espermatozoides é recomendado manter um período de abstinência sexual de 2 a 5 dias. Por fim, após a coleta é feita a preparação seminal, que consiste na concentração dos melhores espermatozoides para serem usados na fecundação.
Contudo, se o casal for homoafetivo ou se o homem for infértil, o sêmen pode vir da doação de um banco de sêmen.
Já no caso das mulheres, é feita a estimulação ovariana, que consiste na estimulação dos ovários para a produção dos folículos ovarianos. Para isso, no início do ciclo menstrual, durante 10 dias, é administrada na mulher a medicação hormonal (Clomifeno e/ou FSH). Esses hormônios podem ser administrados tanto por via oral ou através de injeções.
Nesse período, o médico vai acompanhar por meio de ecografias o desenvolvimento dos folículos até que eles atinjam o tamanho ideal (18 mm). Então, será administrado um segundo hormônio, o HCG, que é o responsável pela maturação do óvulo e rompimento do folículo.
Por fim, é essencial que a mulher continue realizando suplementação de ácido fólico até a realização do teste de gravidez, que deve ser feito 14 dias depois do tratamento.
Possíveis complicações:
Na inseminação artificial, há um risco de 15% de uma gravidez de gêmeos. Outro risco é a Síndrome de Hiperestimulação do Ovário (SHO), que acontece devido produção exagerada de hormônio estradiol, aumentando assim as chances da mulher ter trombose na gravidez. No entanto, como a inseminação utiliza doses baixas de hormônios na grande maioria dos casos, esse é um risco pequeno.
Quanto às contraindicações, são as mesmas de uma gravidez comum. Mulheres com problemas de saúde sérios, riscos de doença hereditária ou infecciosa precisam consultar um médico e torna-se essencial um parecer prévio especializado. Outra contraindicação é o uso de medicamentos para indução da ovulação em mulheres com carcinoma ovariano, mamário ou uterino e tumores de hipotálamo ou da glândula pituitária.
Dúvidas frequentes sobre Inseminação Artificial
Qual a duração do tratamento? A duração é de um mês, contato desde o início do tratamento até a confirmação da gravidez.
Qual média de preços? O valor da inseminação, (sem medicamentos) varia entre R$2.500,00 a R$3.500,00.
Quais cuidados tomar após a inseminação? Após a inseminação artificial, a mulher pode voltar a sua rotina. Contudo, é recomendado cuidados como, por exemplo, evitar permanecer de pé ou sentada por longos períodos, evitar relações sexuais por 2 semanas após o procedimento e manter uma dieta saudável.
Então, gostou do nosso artigo sobre inseminação artificial? Aliás, caso queira saber um poiuco mais sobre infertilidade, confira também: Infertilidade, o que é? Causas para homens e mulheres + tratamentos
Fontes: Nilo Frantz, Nilo Frantz 2, Minha vida.
Fontes das imagens: Dr. Silva Joly, Mater Prime, Vida Fértil, Meu parto, Gerar Vida.