Famosos
Nesta quinta-feira (11), Meghan Markle venceu um processo contra o jornal britânico Mail On Sunday por violação de privacidade. A duquesa de Sussex havia entrado com uma ação judicial contra a publicação por conta de trechos de uma carta pessoal que ela enviou ao seu pai, Thomas Markle, que foram publicados pelo tabloide.
Segundo o New York Times, o juiz Mark Warby, que presidiu o caso no Reino Unido, decidiu a favor de Meghan, afirmando que a ex-atriz de “Suits” tinha “uma expectativa razoável de que o conteúdo da carta permaneceria privado”. Ele acrescentou: “Os artigos do Mail interferiram com essa expectativa razoável”.
A decisão a favor da duquesa, no entanto, diz respeito somente ao elemento de privacidade de sua reclamação. Warby afirmou que ela ainda teria que ir a julgamento sobre a questão da violação de direitos autorais — para isso, uma audiência foi marcada para o início de março. Uma terceira reivindicação, relacionada à proteção de dados, também está em andamento.
A carta da duquesa para seu pai tinha sido enviada em agosto de 2018, quatro meses depois de ele não ter comparecido ao casamento dela com o príncipe Harry. No conteúdo, ela o acusou de quebrar seu coração em “um milhão de pedaços”, por ter falado aos tabloides sobre o afastamento dos dois, enquanto se recusava a atender seus telefonemas. O Mail On Sunday obteve a carta em fevereiro de 2019, publicando em seguida.
Em sua defesa, o proprietário do jornal — o grupo Associated Newspapers — argumentou que Thomas Markle não tinha nenhuma obrigação legal de manter a carta privada e que Meghan, como figura pública, não deveria ter esperado que permanecesse confidencial.
Depois da vitória judicial, Meghan ainda enviou um comunicado. “Após dois longos anos de litígio, sou grata aos tribunais por responsabilizarem a Associated Newspapers e o Mail On Sunday por suas práticas ilegais e desumanizantes. Essas táticas — e as de suas publicações irmãs MailOnline e Daily Mail — não são novas. Na verdade, elas vêm acontecendo há muito tempo, sem consequências”, criticou ela.
“Para essas publicações, é um jogo. Para mim e tantos outros, é a vida real, relacionamentos reais e tristeza muito real. O dano que eles causaram e continuam a causar é profundo. O mundo precisa de notícias confiáveis, verificadas e de alta qualidade. O que o Mail On Sunday e suas publicações parceiras fazem é o oposto. Todos perdemos quando a desinformação vende mais do que a verdade, quando a exploração moral vende mais do que a decência e quando as empresas criam seu modelo de negócios para lucrar com a dor das pessoas”, declarou.
Ela ainda continuou: “Mas, por hoje, com essa vitória abrangente em privacidade e direitos autorais, todos nós ganhamos. Agora sabemos, e esperamos que crie precedentes legais, que você não pode pegar a privacidade de alguém e explorá-la, como o réu fez descaradamente nos últimos dois anos”.
“Compartilho esta vitória com cada um de vocês — porque todos nós merecemos justiça e verdade, e todos nós merecemos melhor. Em particular, quero agradecer ao meu marido, mãe e equipe jurídica, e especialmente Jenny Afia (sua advogada) por seu apoio implacável ao longo deste processo”, finalizou.