Após ser acusado de abuso sexual, exploração e intimidação por estudantes de sua própria escola de teatro e cinema, James Franco chegou a um acordo temporário na Suprema Corte de Los Angeles com as vítimas neste sábado (20).
A informação foi divulgada em um comunicado à imprensa pelos advogados da firma Valli Kane & Vagnini, responsáveis pelo processo.
Segundo um documento conjunto apresentado no dia 11 de fevereiro, Sarah Tither-Kaplan e Toni Gaal, ex-alunas da estimada Studio 4, escola de Franco, concordaram em retirar suas queixas contra o ator. Nos processos que moviam desde 2019, as estudantes acusavam James de tê-las forçado a fazer cenas de sexo explícito diante das câmeras em um contexto de “orgia que foi além dos limites aceitados em Hollywood“.
Apesar de apresentado no início do mês, o acordo só foi finalizado na noite deste sábado (20). A ação judicial também nomeia a produtora de Franco, Rabbit Bandini, e seus sócios, incluindo Vince Jolivette e Jay Davis, como réus. Segundo a defesa, o acordo será submetido à aprovação do tribunal até dia 15 de março. O valor pago por James às vítimas não foi divulgado. A equipe jurídica do astro alega que as acusações são ‘falsas e difamatórias‘.
Relembre o caso
James Franco foi alvo de denúncias de assédio sexual após ganhar um prêmio no Globo de Ouro por sua performance no longa “Artista do Desastre”, no início em 2018. Nessa mesma noite, o ator apareceu no tapete vermelho usando um broche do movimento “Time’s Up”, que marcou a premiação como um protesto aos casos de abuso que vieram à tona na indústria cinematográfica na época.
A atitude de Franco motivou Tither-Kaplan a se pronunciar pela primeira vez contra o mesmo, ao lado de outras mulheres no Los Angeles Times. No entanto, o processo contra o astro de Hollywood só foi oficializado em 2019.
À justiça norte-americana, as jovens estudantes afirmaram que James forçou seus alunos a se apresentarem em cenas de sexo cada vez mais explícitas diante das câmeras, em um “ambiente de orgia que ia muito além do aceitável nos sets de filmagem de Hollywood”.
Uma das jovens também alegou que o ator e cineasta “procurou criar um canal de mulheres jovens que foram submetidas à sua exploração sexual pessoal e profissional em nome da educação” e que os alunos foram levados a acreditar que papéis nos filmes de Franco seriam disponibilizados para aqueles que participassem. Absurdo!
No processo judicial, os advogados do famoso chamaram as alegações de “falsas e inflamadas, legalmente infundadas e movidas como uma ação coletiva com o objetivo óbvio de obter o máximo de publicidade possível para [jovens] famintas por chamar a atenção”. Eles ressaltaram, também, que Sarah Tither-Kaplan, já havia expressado gratidão pela oportunidade de trabalhar com o astro anteriormente.
Desde que as acusações vieram à tona, Franco tem se mantido fora dos holofotes e geralmente quieto sobre o assunto. No entanto, em uma entrevista ao The Late Show com Stephen Colbert, James chamou as histórias de abuso sexual sobre ele de imprecisas, mas acrescentou: “Se eu fiz algo errado, vou consertar. Eu tenho que [consertar].”