O amor – e o terror – do Las Encinas é ele! Jorge López, o inesquecível Valério de “Elite”, veio ao Brasil para gravar seu mais novo projeto da Netflix, a série “Temporada de Verão”. Em uma entrevista exclusiva para o hugogloss.com, o astro chileno contou tudo sobre a produção brasileira e de sua vida no nosso país. No papo, ele também falou sobre “BBB”, sobre funk, e até se ainda tem contato com o elenco de “Elite”. Será?
Após quatro meses morando em São Paulo, Jorge já aprendeu um pouco de português e admitiu: “Estou muito satisfeito, muito feliz e maravilhado com a cultura brasileira”. Entre gravações em Ilhabela, na praia, e em São Paulo, veio também o receio por conta da situação da pandemia da Covid-19 no Brasil. “Sim, há medo, as pessoas estão com muito medo, porque o Brasil está passando por uma situação muito triste, muito complexa com as mortes que estão acontecendo. É triste na verdade, é triste que isso não termine nunca”, disse ele, que também ressaltou os rigorosos protocolos de segurança das filmagens. “Desde o uso da máscara, até ser testado duas vezes por semana”, mencionou.
Vim só deixar um gostinho da minha nova série brasileira, Temporada de Verão. O cenário é um resort de luxo numa ilha paradisíaca, e é com a Giovanna Lancellotti, a Gabz, o Jorge López, o André Luiz Frambach, a Cynthia Senek e muita gente incrível ☀ 📷: Daniel Chiacos/Netflix pic.twitter.com/5CD6m5plG0
— netflixbrasil (@NetflixBrasil) December 15, 2020
Temporada de Verão
Quanto à aguardada série brasileira “Temporada de Verão”, Jorge a definiu como uma produção fofa, como um “sonho de verão”. “É uma fantasia dos jovens e o que estão fazendo no verão. Estão em um hotel trabalhando, ganhando o seu próprio dinheiro, e vivendo histórias únicas de relações, amizades, amor. É uma série que, para mim, fala muito sobre o que são os valores da amizade e da aceitação. Aceitação entre pessoas diferentes e culturas diferentes”, disse ele sobre a produção, que mostrará a equipe de um hotel em Florianópolis.
Teremos romance? “Sim, claro que sim, Diego [meu personagem] está envolvido em muito romance, como todos os jovens que… bem, nós jovens temos os hormônios um pouco revirados, o coração e a emoção também, tudo à flor da pele”, brincou ele, que antecipou detalhes de seu personagem. “Diego é um personagem estrangeiro, que chega ao Brasil em busca de esquecer seu passado, esquecer as coisas ruins que aconteceram e começar do zero”, descreveu ele, explicando que o jovem é praticamente o oposto do Valério “vida louca”.
Nos bastidores, o clima também era de muita amizade entre ele e Giovanna Lancellotti, André Frambach, Cynthia Senek e os demais astros da produção – como eles deixaram claro em várias brincadeiras nas redes sociais. “Somos uma família, passamos muito tempo juntos gravando, e nos damos bem, nós nos conectamos muito bem, temos muito humor, nós rimos muito. […] Cada um deles representa o que é o Brasil para mim, eles são meus companheiros. Como não pude conhecer muitas outras pessoas, eu sempre digo: ‘Para mim, o Brasil são vocês e eu vou sentir muita saudade quando eu tiver que ir’”, disse o ator, definindo a relação como vínculos de “afetos reais”. Fofo, né?
Nudez em “Elite” e grupo com o “terceirão” da série
Questionado sobre suas cenas quentes e de nudez em “Elite”, Jorge não escondeu que ficou muito receoso pela exposição. Ele também revelou que a cena em que seu personagem veste apenas uma meia nas partes íntimas – uma das mais lembradas da série – foi alterada a seu pedido, durante as gravações.
“Eu estava muito nervoso. Então conversei com os meus colegas de elenco, com o meu diretor, tentamos fazer algo mais contido. A cena estava escrita de outra maneira, teria que haver um nu total, e eu não quis. Eu não me sentia confortável e achava que não se justificava chegar a esse ponto. E somente o fato de abrir [o roupão], já funcionava. E quando é assim, principalmente em situações como essa, acredito que a equipe tem uma função muito importante”, afirmou ele, dizendo ter ficado satisfeito com o resultado.
López contou que o elenco da série espanhola até tem um “grupo do zap”, mas que ele anda meio quieto, agora que boa parte dos atores deixou a produção. “Temos um grupo de Whatsapp, mas nunca conversamos”, respondeu. “Agora tem um elenco novo, não temos muito contato. Mas sim, temos um grupo, mas não temos uma comunicação diária. Mas é claro que está tudo bem entre nós. Cada um está fazendo suas coisas, seu trabalho, seguindo sua vida e é isso”, justificou ele. “Converso muito com Arón [Piper], que é como se fosse o meu melhor amigo de lá, e também tenho uma relação ótima com a Danna [Paola]“, acrescentou.
Assim como os fãs de “Elite”, Jorge não esconde seu sonho de ver seus personagens unidos novamente, após o fim da terceira temporada. “Não depende de nós, depende dos roteiristas e da agenda de cada ator também, o que cada um está fazendo… Seria um sonho, né? Épico, todos juntos de novo… Mas eu não sei, não depende da gente, na verdade”, comentou.
“Sou Luna” e pressão em ser um astro da Disney
Anos antes do polêmico Valério, Jorge já encantava o público brasileiro na pele de Ramiro em “Sou Luna”, da Disney. Segundo ele, até hoje os fãs demonstram muito carinho pelo personagem. “É um projeto que marcou minha vida. Imagina, percorrer o mundo fazendo o que eu mais gosto, que é atuar, cantar, dançar”, mencionou ele. Por outro lado, ele recorda que sentiu a pressão por ser um ícone teen – mas contou como aprendeu a lidar com a situação.
“Tem essa pressão de ser um modelo, não é? Um modelo a se seguir. Mas eu não tomo essa responsabilidade de modo a me forçar a fazer coisas que realmente não me representam. Eu acredito que o modelo se cumpre na medida que a pessoa que está exposta – que no caso sou eu e o meu trabalho – é honesta. E é essa honestidade que, no final, faz transcender ou te faz inspirar as pessoas. Essa honestidade envolve os erros, porque o ser humano não é perfeito. Ninguém faz tudo certo na vida. Então, eu acredito que quando erramos, também aprendemos e crescemos. No fim das contas isso é a vida real, é a realidade. Somos de carne e osso, não somos um personagem. Eu não vou vender algo que é uma farsa… Na verdade eu nem tento vender nada, e nem pregar nada”, declarou ele.
Big Brother Brasil e música brasileira
O “Big dos Bigs” caiu nas graças até do chileno! Em sua passagem pelo Brasil, Jorge confessa que passou a assistir ao “BBB 21”. “Assisto às vezes, na verdade, por causa dos meus colegas de elenco, porque todo mundo vê, todo mundo assiste”, divertiu-se ele. “As pessoas que estão lá são muito engraçadas, eu gosto muito da cultura, e além disso, das conversas e como discutem. Eu acho muito interessante como as pessoas falam tão bem, não é? E se enfrentam com suas ideias, e brigam e isso é engraçado. Eu gosto muito”, acrescentou. Dentre os brothers, Camilla de Lucas é sua favorita: “Eu gosto muito dela… Camilla é muito divertida. E me faz rir com o seu jeito engraçado”. A todos nós, amigo!
Aliás, durante o papo, Jorge provou que está todo brasileiro e até cantou o funk “Oh Juliana”, de MC Niack, e o hino “Várias Queixas”. “Só escuto músicas brasileiras o tempo todo. Eu adoro, e é bom que assim o meu português melhora e eu vou praticando. Suponho que, culturalmente, a música brasileira seja uma das melhores do mundo. Tem uma grande variedade de ritmos, e de sons e… é lindo, é lindo o que fazem aqui, na verdade”, declarou.
Próximos projetos e possível retorno ao Brasil?
Jorge também antecipou: “Assim que sair do Brasil, já vou gravar outro projeto em outro país”. Sem dar muitos detalhes, o astro contou que fará uma nova série de suspense na Europa e na América do Norte. “Eu estou muito feliz por poder ir a diferentes países, aprendendo, gravando e interpretando outros tipos de personagens, e contando outras histórias, que me fazem feliz, que me representam, e que as pessoas possam apreciar também”, contou.
E se um dia teremos Jorgito de volta por aqui? Ele mesmo responde! “Ficaria muito feliz de voltar ao Brasil, de preferência sem pandemia, por favor! Quero viver o Brasil de verdade, porque todo mundo me diz: ‘Que azar, você veio ao Brasil na pior época, e não sei o quê’. Mas é claro que se na pior época eu fui feliz – porque eu fui igualmente feliz, e me senti muito bem –, imagina o que eu vou fazer na melhor época? Imagina! Vai ser incrível. Mas claro que sim, eu adoraria voltar ao Brasil, em algum momento”, disse ele.
Assista à entrevista na íntegra aqui:
Já podemos dar uma carteirinha de brasileiro legítimo pra ele, né? Volte sempre, Jorge!