Brad Pitt e Angelina Jolie protagonizam um dos divórcios mais caóticos de Hollywood. Tudo porque, mesmo que já tenham assinado os papeis da separação, a batalha judicial pela guarda dos filhos continua a todo vapor. Nesta sexta-feira (23), a história ganhou outro desdobramento… O Page Six informou que o juiz particular John W. Ouderkirk, responsável pela disputa entre os atores, foi desqualificado em um tribunal de apelação na Califórnia.
O tribunal entendeu que o magistrado não detalhou sua relação profissional e financeira com os advogados de Brad Pitt. Em agosto passado, Jolie pediu para que o juiz fosse substituído porque mantinha um “relacionamento atual, contínuo e recorrente” com a equipe jurídica do ex-marido. Na época, a atriz também alegou que o vínculo entre os profissionais geraria dúvida sobre a imparcialidade das sentenças.
“A violação ética do juiz Ouderkirk, considerada juntamente com as informações divulgadas a respeito de suas recentes relações profissionais com os conselheiros de Pitt, pode fazer com que uma pessoa objetiva, ciente de todos os fatos, tenha dúvidas quanto à capacidade do juiz de ser imparcial. A desqualificação é necessária”, anunciou o tribunal.
Em maio, o juiz concedeu a Pitt o direito à guarda conjunta dos filhos: Pax, Zahara, Shiloh e os gêmeos Vivienne e Knox. Maddox, de 19 anos, não foi incluído no processo por ser maior de idade. O Page Six havia revelado que John Ouderkirk, contratado pelo ex-casal para acompanhar o caso, tomou a decisão depois de avaliar relatos de diversas testemunhas, incluindo declarações de assistentes sociais que entrevistaram os herdeiros. Apesar disso, a Associated Press afirmou que Angelina acusou o juiz de não lhe garantir um “julgamento justo”, por não permitir que Pax, Zahara e Shiloh testemunhassem, já que, na Califórnia, adolescentes com 14 anos ou mais são autorizados a compartilharem seus relatos em audiências, caso sintam-se à vontade.
Agora a decisão do juiz Ouderkirk se tornou efetivamente discutível e significa que Jolie, no momento, mantém a custódia dos filhos em tempo integral, podendo conceder direitos de visita ao pai. Com a determinação, a disputa entre o ex-casal pela custódia dos filhos pode ser reiniciada.
Raoul Felder, advogado de divórcio de celebridades, explicou ao Hollywood Life o que significa a decisão do tribunal. “Vai haver um novo juiz… Ele não fez nada de criminoso ou aceitou dinheiro. Significa simplesmente que omitiu certas coisas que não deveria ter omitido e, como resultado, uma pessoa razoável poderia opor-se à sua objetividade no caso. E é disso que se trata, porque a lei se inclina para trás nestes casos, para garantir justiça para ambos. Pode ser o início do caso, o início da batalha pela custódia e pode criar um caos, dependendo de quão longe irá”, disse. Eita!
Brad Pitt vai recorrer
Um porta-voz de Brad Pitt se manifestou, dizendo que, mesmo após a desqualificação do juiz, as provas não mudaram e a batalha continua. “A decisão do tribunal de recurso baseou-se numa questão processual técnica. Os fatos não mudaram. Há uma quantidade extraordinária de provas que levaram o juiz — e os muitos peritos que testemunharam — a chegar a uma conclusão clara sobre o que é melhor para as crianças. Continuaremos a fazer o que for legalmente necessário, com base nas conclusões detalhadas do que é melhor para as crianças”, informou.
Os representantes de Angelina ainda não se manifestaram sobre o assunto.