Durante uma gravidez o corpo da mulher passa por diversas alterações, inclusive alguns desconfortos. Mas, é considerado normal, pois, o corpo está se adaptando para acomodar o bebê. Com isso, afeta alguns sistemas, como o digestivo e o urinário. Da mesma forma, cólicas na gravidez são consideradas normais. Sendo que, o mais com é surgir no início da gestação, com sintomas leves e ocasionais.
Porém, também pode acontecer no final, por volta de 37 semanas, já indicando o início do trabalho de parto. Além disso, no início da gestação também é comum as cólicas virem acompanhadas de corrimento. Pois, é nesse período que a placenta começa a se desenvolver e a aderir à parede interna do útero. Que é por onde o bebê receberá a nutrição necessária para seu desenvolvimento.
Normalmente, as cólicas são causadas pela distensão do útero, assim como a dos ligamentos que sustentam o útero na parte interna do abdômen. Dessa forma, à medida que o feto cresce, os ligamentos se distendem, causando dor. Ademais, outro fator é a mudança na alimentação.
Enfim, apesar de ser um incômodo comum, é preciso ficar atenta. Pois, pode significar uma condição natural da gravidez ou um sinal de que algo não está certo. Por exemplo, se as cólicas forem fortes e persistentes e não pararem depois de um tempo. Além de vir acompanhada de sangramento vaginal, corrimento ou febre, é muito importante consultar seu obstetra. Dessa forma, ele poderá avaliar a causa das cólicas na gravidez.
Cólicas na gravidez: o que pode causar
Durante o primeiro trimestre é bastante comum sentir cólicas na gravidez. Pois, é quando o útero começa a se expandir e se adaptar para comportar o crescimento do bebê. Dessa forma, ligamentos, musculatura pélvica, tecidos e veias são todos pressionados, além das alterações hormonais que acontecem. Por isso, é muito importante evitar o sedentarismo.
Enfim, a grávida precisa praticar exercícios, desde que sejam leves, sem impacto ou peso em excesso. Para isso, procure orientação médica quanto à melhor maneira de se exercitar, sem prejudicar você ou seu bebê.
Ademais, também é comum mulheres grávidas apresentarem problemas como infecções urinárias ou vaginais. Nesse caso, as cólicas podem ser resultado desse quadro. Portanto, desde que esteja sendo acompanhada pelo médico, não há com o que se preocupar.
Outro fator responsável pelas cólicas na gravidez é a alimentação. Ou seja, se alimentar de forma exagerada ou inadequada causa desconfortos, cólicas intestinais, prisão de ventre e gases. Pois, a progesterona deixa o intestino mais lento. Por isso, procure estabelecer uma dieta balanceada e nutritiva, rica em vitamina C, ácido fólico, fósforo, potássio, magnésio e cálcio. Dessa forma, você evita esses desconfortos, lembrando que os gases são os maiores causadores de cólicas.
Além disso, beba bastante água, evite o consumo de alimentos de digestão difícil, gorduras, frituras, massas, derivados do leite e os de fácil fermentação (feijão, lentilha, milho, brócolis) e doces. E evite deitar logo após comer.
Por fim, caso a cólica surja no final da gravidez, pode significar que o bebê está forte e se movimentando dentro do útero. O que pode significar que a hora do parto pode estar próxima. Dessa forma, os motivos mais comuns para as cólicas na gravidez são:
- Gases;
- Prisão de ventre;
- Dor nos ligamentos;
- Orgasmos;
- Contrações falsas.
Cólicas na gravidez: outras possíveis causas
Além das causas comuns que podem provocar as cólicas na gravidez, outras possíveis são:
Gravidez tubária
Também conhecida como gravidez ectópica, acontece quando o embrião se desenvolve nas trompas uterinas e não no útero. Nesse caso, além das cólicas, pode causar sangramentos e aborto.
Descolamento ovular
É o deslocamento do saco gestacional antes da 20ª semana de gestação. Causado pela presença de um hematoma originado do acúmulo de sangue entre o útero e o saco gestacional. Que pode piorar com o esforço. Dessa forma, caso o hematoma fique grande demais, aumenta o risco de parto prematuro, aborto ou deslocamento da placenta.
Descolamento da placenta
É quando a placenta se desloca da parede uterina. Que pode ser resultado de inflamações e alterações na circulação de sangue na placenta, causadas por esforço físico intenso, pressão alta ou pré-eclâmpsia. Resultando em sangramento vaginal e cólicas intensas. Enfim, é uma situação perigosa, portanto, requer uma intervenção médica imediata.
Aborto espontâneo
Também provoca cólicas na gravidez e pode acontecer no início da gestação. Sendo que, as causas podem ser atividade física em excesso, medicamentos, alguns tipos de chás, infecções ou traumatismos.
Trabalho de parto
Após 37 semanas de gestação, as cólicas com intensidade progressiva, ficando mais constante ao longo do tempo, podem indicar o início do trabalho de parto.
Enfim, viroses, intoxicação alimentar, apendicite ou infecções urinárias também pode causar cólicas. Dessa forma, nesses casos é importante procurar o médico.
Como aliviar as dores
Para aliviar as cólicas na gravidez o médico deve ser consultado. Pois, ele poderá indicar medicamentos que possam diminuir o desconforto e as dores. Portanto, nunca se automedique, tome todos os cuidados para que o desenvolvimento e a saúde do bebê não sejam afetados.
Por outro lado, em alguns casos, basta ficar um tempo de repouso e relaxar para as cólicas melhorarem. Além disso, você também pode praticar yoga, fazer alongamentos ou massagens. Pois, ajudam a reduzir o inchaço e a relaxar os músculos.
Quando devo me preocupar
As cólicas na gravidez são motivo de preocupação quando apresentam dor acentuada e recorrente, que não alivia com medidas simples. Além disso, vem acompanhadas de outros sintomas, como febre, sangramentos, calafrios, vômitos e dor ao urinar.
Enfim, durante o primeiro trimestre esses sintomas podem indicar o risco de aborto. Agora, se os sintomas surgirem após o segundo ou terceiro trimestre de gestação, pode significar um possível parto prematuro.
Portanto, é importante procurar seu médico para que ele possa fazer uma avaliação adequada e chegar ao diagnóstico da causa das cólicas na gestação. Inclusive, você pode ajudá-lo, basta prestar a atenção no padrão da dor, suas características e outros sintomas e descrever detalhadamente para seu médico.
Então, o que você achou de todas essas dicas? Se você ainda tem alguma dúvida, leia também: Dores na gravidez, o que é normal? Principais causas e tipos de queixas.