Nego do Borel desistiu de um processo que movia contra Duda Reis, sua ex-noiva, por danos morais. A defesa do funkeiro pediu que a Justiça do Rio de Janeiro extinguisse a ação, segundo informações do site Notícias da TV. Os dois tiveram um relacionamento de três anos que, após o fim, acumulou polêmicas. A influenciadora acusou o rapaz de estupro e agressão, e ele pedia uma indenização de R$ 45 mil.
“Considerando-se que a parte ré (Duda Reis) ainda não foi citada na presente demanda, homologo, para que surta os devidos e legais efeitos, a desistência manifestada pela parte autora, julgando extinto o processo sem resolução de mérito“, afirmou a sentença, assinada pelo juiz Mario Cunha Olinto Filho no dia 27 de janeiro.
Além disso, o documento mostrou que não houve gastos com honorários de advogados a serem ressarcidos e pediu o arquivamento do processo. “Certificado o trânsito em julgado e a inexistência de custas a serem recolhidas, promova-se a baixa e o arquivamento dos autos“, escreveu o juiz.
Relembre o caso
O relacionamento de Nego do Borel e Duda Reis foi marcado por grandes polêmicas. O anúncio do fim do noivado foi divulgado em dezembro de 2020, e o cantor chegou a dizer que os dois continuariam sendo amigos. Por vezes, os pais de Duda manifestaram o quanto repudiavam o relacionamento.
O vazamento de um áudio explícito em que a influenciadora Lisa Barcelos relata ter tido uma relação sexual com Nego do Borel, na época em que ele ainda era noivo, causou o ponto final do noivado. A partir daí, Duda Reis apareceu nos stories para falar sobre a relação com o funkeiro. De início, ela relatou que foi traída em outras ocasiões, mas com o tempo, as declarações foram ficando mais sérias, com acusações de abusos físicos, psicológicos e ameaças. Ela, inclusive, afirmou que o cantor havia transmitido a ela HPV, doença sexualmente transmissível.
As acusações foram rebatidas por Nego do Borel. “Os últimos dias tem sido de muitas acusações pra mim. A minha resposta para tudo isso será provar a minha inocência. E no meio das muitas acusações eu fui acusado de ter transmitido HPV. Como quem não deve não teme, resolvi fazer um exame. E, hoje, vim aqui apresentar o resultado. Não, eu não tenho e nunca tive HPV, assim como nenhuma outra doença sexualmente transmissível”, disse ele nas redes sociais em janeiro, ao mostrar o resultado do exame.
Na época, a atriz ainda acusou o cantor de ter uma arma de fogo em casa. Nego do Borel então recebeu a visita da polícia, que apreendeu um réplica de fuzil, usada para a prática de airsoft. “A polícia acabou de sair da minha casa. Eles vieram e eu autorizei a entrarem na minha casa porque não tem nada de errado. Eles viram. E eles levaram uma arma de airsoft que eu tinha, que ela fala lá que eu tinha uma arma em casa. E é isso. Só para dar um parecer”, disse o funkeiro.
Após as denúncias e a investigação do caso, a Polícia Civil de São Paulo divulgou o laudo e não constatou nenhuma das acusações contra o cantor. Segundo o colunista Léo Dias, do Metrópoles, foram analisadas todas as contas bancárias, imposto de renda como pessoa física e jurídica, três aparelhos celulares, um video game e computadores. O dinheiro apreendido na casa do artista, no valor de quase 425 mil reais, também tem origem lícita, diz o laudo.
Em resposta às acusações de Duda, Nego havia decidido prestar uma queixa por injúria, calúnia e difamação na 42ª Delegacia Policial do Rio de Janeiro, e acionou a Justiça para exigir a indenização de R$ 45 mil por danos morais. Uma liminar para que a jovem apagasse suas publicações contra o funkeiro e fosse proibida de fazer novos posts sobre o tema foi solicitada e registrada na 4ª Vara Cível do Rio de Janeiro.
As alegações dos defensores do cantor eram de que as acusações são “irresponsáveis e levianas“. “Em meio ao ódio, ao ressentimento e à dor, vem a tendência a difamar e rebaixar o ex-parceiro para convencer-se de que não perdeu grande coisa“, dizia o documento. O pedido, entretanto, foi rejeitado pelo juiz Marco Antonio Cavalcanti de Souza.
“Sem adentrar no mérito, entendo que, atualmente, diante de crescentes quantidades de casos de feminicídio, não se pode admitir qualquer utilização de meios jurídicos para que o suposto ofensor possa desqualificar os relatos de sua ex-companheira“, afirmou o magistrado.