Klara Castanho: Conselho de enfermagem apura vazamento do caso e diz que hospital negou acesso a prontuário

Klara Castanho: Conselho de enfermagem apura vazamento do caso e diz que hospital negou acesso a prontuário


O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo esteve, na última segunda-feira (27), no Hospital Brasil – acusado de vazar informações pessoais da atriz Klara Castanho. Já nesta segunda-feira (3), o Coren-SP revelou que a unidade de saúde negou o acesso ao prontuário de atendimento da jovem, de 21 anos. Segundo o órgão, a justificativa foi a necessidade de autorização prévia da paciente, algo previsto em resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.

Na semana passada, Klara fez um forte e sensível desabafo. A artista revelou que engravidou após sofrer um estupro, e que realizou a entrega voluntária para adoção desse bebê fruto da agressão – algo previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente. Ela também denunciou como uma enfermeira teria a abordado e ameaçado expor toda essa história para a imprensa, ainda durante a internação. Agora, o Coren-SP, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e o Ministério Público apuram o caso e o vazamento.

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Klara Castanho disse ter sido ameaçada por uma enfermeira, que mencionou como a história dela poderia cair na imprensa. (Foto: Globo/Paulo Belote)

De acordo com o G1, com o novo desdobramento, o conselho regional se colocou à disposição da atriz para orientá-la sobre os procedimentos a fim de averiguar a conduta dos profissionais de enfermagem que atenderam, caso isso seja de sua vontade, e também sobre o acesso ao prontuário. O Coren-SP reafirmou sua preocupação e seu compromisso com a ética, em um comunicado à publicação. No entanto, o órgão também reforçou como tem o dever de dar uma devida condução à apuração dos fatos, bem como tem de cumprir as previsões legais para evitar outros prejuízos à vítima.

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Conselho Federal de Enfermagem cobra punição

Betânia Maria dos Santos, presidente do Conselho Federal de Enfermagem, já havia dito à GloboNews na semana passada que a enfermeira que teria ameaçado e vazado os dados de Klara poderia perder seu registro profissional. O órgão federal, por sua vez, expressou sua “profunda solidariedade à atriz Klara Castanho, que, após ser vítima de violência sexual, teve o seu direito à privacidade violado, durante processo de entrega voluntária para adoção, conforme assegura o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”.

O Cofen também deixou claro como a punição se faz necessária para profissionais envolvidos em tais situações. “Casos assim devem ser rigorosamente punidos, para que não mais se repitam. Da mesma forma, devem ser execrados comunicadores que deturpam a função social do jornalismo para destruir a vida das pessoas. Vida privada não é assunto público”, declarou o Conselho, que determinou a apuração do caso e contou que “tomará todas as providências que lhe couber para a identificação dos responsáveis pelo vazamento de informações sigilosas pertinentes ao caso”.

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Hospital se manifesta

O hospital em que Klara ficou internada abrirá uma sindicância interna pra investigar a denúncia. Na semana passada, a instituição já havia falado sobre a preservação dos dados da paciente. [O Hospital Brasil] tem como princípio preservar a privacidade de seus pacientes bem como o sigilo das informações do prontuário médico. O hospital se solidariza com a paciente e familiares e informa que abriu uma sindicância interna para a apuração desse fato”, disse a nota.

Klara se abriu sobre o assunto em uma carta aberta no Instagram, depois que jornalistas expuseram sua história de forma “cifrada” e criaram uma grande especulação acerca de tudo isso. “O relato mais difícil da minha vida”, escreveu ela. Leia a íntegra e entenda todo o caso, clicando aqui.

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