Nesta terça-feira (19), Filipe Ret foi alvo de uma operação da Polícia Civil, do RJ. Agentes cumpriram um mandado de busca em um resort de luxo em que o cantor estava hospedado em Angra dos Reis. O artista é investigado por uma suposta distribuição gratuita de cigarros de maconha em sua festa de aniversário. A comemoração aconteceu no dia 23 de junho.
Além do local na Costa Verde fluminense, policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes do estado cumpriram outros cinco mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Ret, como o estúdio do cantor no Flamengo, e imóveis nos bairros das Laranjeiras, Glória e Catete. Os mandados foram expedidos pela juíza Simone de Faria Ferraz, em exercício na 23ª Vara Criminal. Em sua decisão, a magistrada relata que “é possível identificar o investigado na referida festa, fumando e exibindo um balde cheio de cigarros enrolados de forma artesanal, similares a cigarros de maconha, e que aparentemente estariam disponíveis para consumo dos convidados“.
No estúdio do rapper, os investigadores apreenderam material para enrolar cigarros, além de uma quantidade não divulgada de maconha. Abordado em Angra, Filipe – que não ofereceu resistência à operação – será encaminhado para a sede do DRE-RJ, que fica no Jacarezinho, zona norte carioca. Lá, ele será autuado por porte de entorpecentes. Além disso, o cantor também teve seu celular apreendido durante a operação. Veja o momento:
DEU RUIM!
O rapper Filipe Ret foi conduzido de um resort de luxo em Angra dos Reis a uma sede da Delegacia de Repressão a Entorpecentes) após ser autuado por porte de drogas
📽️ Polícia Civil do Rio pic.twitter.com/ISNDQCHFie
— Splash UOL (@Splash_UOL) July 19, 2022
O Vivo Rio, onde Filipe fez a festa “Open Beck”, também foi alvo dos mandados, que estipulavam que fossem recolhidos quaisquer equipamentos eletrônicos ligados à festa de aniversário do artista. Ainda assim, segundo os agentes presentes no momento da busca, o estabelecimento teria se negado a fornecer as imagens na íntegra da comemoração.
Em comunicado ao jornal O Globo, o Vivo Rio afirmou que “colaborou e continua colaborando com todo o processo de investigação para este caso“. “As imagens do circuito interno de segurança da casa de espetáculos foram cedidas assim que foram solicitadas“, garantiu o local. A nota esclarece que “o Vivo Rio firma a sua integridade e ética diante das informações solicitadas pelas autoridades envolvidas“. A defesa do artista ainda não se pronunciou.
Entenda o caso
Filipe Ret começou a ser investigado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro após imagens de sua festa de aniversário viralizarem nas redes sociais. Em cliques postados pelo próprio cantor, ele aparece segurando um balde supostamente repleto de cigarros de maconha.
O inquérito foi aberto no dia 25 do mês passado, dois dias após a comemoração do carioca. Ele investiga o rapper pelo crime de tráfico de drogas, previsto no artigo 33 da Lei 11.343 de 2006. “Fornecer droga, ainda que gratuitamente, é tráfico“, ressaltou Marcus Amim, delegado titular da DRE, ao g1.
No último dia 16, um show de Filipe em Cuiabá, no Mato Grosso, atrasou por conta da investigação. Segundo o artista, a polícia foi até seu camarim enquanto ele se preparava para se apresentar no festival ‘É o Trap é o Funk’, que foi interrompido por duas horas. “A polícia foi direto no camarim, com aquela energia. Atrasou todo o evento, esvaziou o local, infelizmente PJ Huodini e Caio Luccass, dois artistas da Nada Mal, não puderam fazer o show. Não aconteceu nada, os caras não encontraram nada, só foram para atrasar o evento“, lamentou.
Assista:
No boletim de ocorrência divulgado pelo g1, entretanto, o motivo da ação seria “fiscalização de poluição, que concentrou esforços no evento realizado no Parque de Exposições“.