Nesta sexta-feira (16), a Justiça do Rio de Janeiro converteu a prisão de José Dumont em preventiva e sem previsão de liberação. Na audiência de custódia, realizada hoje, o juiz negou a possibilidade de fiança no caso, em decorrência da gravidade das provas contra o ator.
Segundo o portal Notícias da TV, o ator teria direito a uma fiança de R$ 40 mil pelos crimes de estupro e pedofilia. Porém, em nova decisão, o juiz Antônio Luiz Da Fonsêca Lucchese decidiu manter o suspeito preso até que todas as evidências sejam analisadas. A medida, no entanto, não significa que o ator foi condenado ainda, uma vez que a prisão preventiva é uma medida cautelar tomada pelo Poder Judiciário.
Na decisão, o magistrado apontou que a prisão preventiva se fez necessária para evitar uma “ofensa à ordem pública”, dada a gravidade das provas contra Dumont, coletadas pela polícia. “Denota-se que a situação tem contornos de gravidade. Neste prisma, tudo indica que o restabelecimento da liberdade do custodiado gera ofensa à ordem pública, assim considerado o sentimento de segurança, prometido constitucionalmente, como garantia dos demais direitos dos cidadãos”, disse Lucchese em um trecho da decisão.
Entre as provas dos crimes de José Dumont, estão 240 arquivos de pornografia infantojuvenil, encontradas pelos investigadores na casa de Dumont, no momento de sua prisão em flagrante, nesta quinta-feira (15) no Rio de Janeiro. Outras evidências são vídeos em que ele teria beijado e acariciado as partes íntimas de um fã, de apenas 12 anos. Além de um inquérito policial de 2013, quando ele chegou a ser indiciado por estupro de vulnerável, na Paraíba.
José Dumont foi preso em flagrante na quinta (15), em sua casa, no Rio de Janeiro. Os policiais chegaram ao local após uma denúncia de vizinhos. Na residência, ele armazenava arquivos de pornografia infantojuvenil. Nos depoimentos, foi registrado que Dumont presenteava menores em troca de carícias em seu apartamento. Outra testemunha alegou que viu Dumont se aproximar sexualmente de um menor, em 2009.
Em um depoimento à polícia, divulgado nesta sexta (16), o ator de 72 anos, alegou que tinha os arquivos para fins de estudo: “Estudo para a futura realização de um trabalho acerca do tema, sem tabus ou filtros”. José afirmou ainda, que obteve o conteúdo ilegal “pela internet”, e apontou que teria os documentos para “consultas e estudos”.
Siga o Hugo Gloss no Google News e acompanhe nossas notícias!