Nesta quinta-feira (27), Kanye West voltou ao Instagram, após ter seu perfil restringido por violar as políticas da rede social com publicações contra os judeus. O rapper fez um post em que afirma que perdeu US$ 2 bilhões (R$ 10 bilhões) em um dia.
A publicação foi direcionada à Ari Emanuel, CEO da Endeavor e uma das pessoas mais influentes de Hollywood. Na quarta-feira (26), em editorial publicado para o jornal Financial Times, Ari incentivou que as empresas parassem de trabalhar com Kanye, devido aos recentes comentários intolerantes e problemáticos do artista. “Ari Emmanuel. Perdi 2 bilhões de dólares em um dia. E ainda estou vivo. Este é um discurso de amor. Ainda amo você. Deus ainda ama você. O dinheiro não é quem sou. As pessoas são quem eu sou”, retrucou West no post.
No editorial publicado anteriormente pelo empresário, ele demonstrou estar preocupado com a formação de opinião dos jovens e enfatizou o repúdio pelo antissemitismo proferido por Ye: “West não é qualquer um – ele é um ícone da cultura pop com milhões de fãs em todo o mundo. E entre eles, estão os jovens cujas opiniões ainda estão sendo formadas. É por isso que é necessário que todos nós falemos. O ódio e o antissemitismo não devem ter lugar em nossa sociedade, não importa quanto dinheiro esteja em jogo. Aqueles que continuam a negociar com West estão dando audiência a seu ódio equivocado”.
“Todos nós somos capazes de aprender e evoluir, e se West quiser ser educado sobre a história e as consequências do antissemitismo e as teorias da conspiração que ele está reproduzindo, se ele quiser alcançar líderes religiosos – incluindo rabinos, líderes muçulmanos, líderes cristãos – eu ficaria feliz em ajudar”, concluiu o magnata.
Na terça-feira (25), a Adidas já havia comunicado o rompimento do contrato com o rapper. Em nota, a empresa afirmou não tolerar antissemitismo e qualquer outro tipo de discurso de ódio. “Os comentários e ações recentes de Ye foram inaceitáveis, odiosos e perigosos, e violam os valores da empresa de diversidade e inclusão, respeito mútuo e justiça”, disseram os representantes da marca.
Além da Adidas, GAP, Balenciaga, Anna Wintour, CCA e Vogue romperam os contratos com West. Os advogados contratados pelo cantor também abandonaram a defesa do caso. A Apple Music, por sua vez, retirou de seu catálogo, a playlist dos maiores sucessos do rapper.
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