A acne fúngica como o nome já indica é causada por um fungo, e apesar de ser parecida com a acne comum, demanda cuidados específicos.
A acne fúngica é um tipo de acne muito semelhante a acne comum que todo mundo conhece. Aquela que é causada geralmente excesso de sebo na pele e problemas hormonais No entanto, a acne fúngica, apesar de apresentar sintomas semelhantes, tem uma causa diferente, no caso um fungo, como o próprio nome sugere.
Sendo assim, apesar de ser comumente confundida com a acne vulgar, ela é um pouco mais complexa e demanda um cuidado especial. Além disso, para ser diagnóstica é necessário que um especialista analise o caso, e se confirmada acne fúngica, será necessário um tratamento específico para tratar a condição.
A seguir, vamos entender melhor o que é a acne fúngica, as causa, sintomas e como cuidar.
O que é a acne fúngica?
A acne fúngica é causada por um fungo, como explicou a dermatologista Betina Stefanello ao site Buscapé. “É um tipo de acne semelhante à acne comum, mas que, ao invés de ter associação com a bactéria infectando os folículos pilosos, é causada por um fungo que, na maioria das vezes, é o Malassezia”.
A acne ocorre quando os poros são entupidos por células mortas, o que leva a um acúmulo de sebo, que é uma substância oleosa produzida nas glândulas sebáceas. No caso da acne fúngica, essa o acúmulo de sebo na pele é causado por esse fungo específico.
Quais são as causas da acne fúngica?
Então, a acne fúngica é causada pelo fungo Malassezia. Esse fungo está presente na derme de aproximadamente 90% da população. No entanto, ele só é uma fonte de problema quando o excesso de sebo acumulado na pele aumenta a proliferação do fungo, e isso é a principal causa da acne fúngica.
Mas, outros fatores também podem influenciar no surgimento desse tipo específico de acne, sendo a principal uma predisposição genética e também o uso de produtos específicos. “Em algumas condições, como após a exposição solar ou tratamentos com antibióticos ou imunossupressores, esse fungo pode se tornar patogênico, gerando esse tipo de lesão”, salienta a dermatologista Ísis Fiorello Mesquita, para o Biossance.
Além disso, outro fator que pode causar esse tipo de acne é o cabelo oleoso. Então, quando o cabelo fica em contato constante com a pele, ele pode desencadear a condição, que é mais comum no rosto, ombros, costas e colo.
Como identificar?
Por ser muito parecida com a acne comum, e elas podem ser facilmente confundidas apenas olhando, é difícil determinar se é ou não acne fúngica. Sendo assim, se houver qualquer suspeita de acne fúngica, o ideal é procurar um dermatologista. Para que assim, ele faça os testes e exames necessários para o diagnóstico.
“Muitas vezes é difícil fazer o diagnóstico, então podemos utilizar teste antifúngico ou teste terapêutico quando temos uma acne que acreditamos ser comum/vulgar, mas que não melhora com o tratamento”, explica a Dr. Betina, ao Buscapé.
Como evitar e tratar esse tipo de acne?
Como dito anteriormente, apesar de parecida com a acne comum, a acne fúngica é mais complexa e precisa de um tratamento específico. Sendo assim, o dermatologista depois de fazer o diagnóstico irá indicar o melhor tratamento para o seu caso, que geralmente inclui o uso de antifúngicos e rotina de cuidados com a pele.
Contudo, já adiantamos que a acne fúngica não tem cura. Mas conta com vários tipos de tratamentos, que se seguidos corretamente, é possível amenizar as espinhas e manchas na pele. E além do tratamento recomendado pelo dermatologista, alguns cuidados básicos podem ajudar bastante.
Primeiramente, manter a pele sempre limpa, usando produtos próprios para pele acneica e não dormir de maquiagem. Além disso, cuidar para ter a pele seca e hidratada. Evitar o uso de sabonetes antissépticos e roupas muito justas e abafadas, quando a acne é em outras partes além da face. Ou seja, basicamente aderir a uma rotina de skincare adequada ao quadro.
Por fim, também manter o cabelo sempre limpo e livre de caspa, e investir em uma alimentação balanceada.
Diferenças entre a acne comum e a acne fúngica
Apesar de visualmente semelhantes, os dois tipos são diferentes. Começando pela acne comum, ela é caracterizada por lesões de aspectos variados, como comedões ou cravos, pápulas, pústulas ou espinhas (pápulas com pus). Bem como nódulos e cistos que são lesões ainda maiores e mais inflamadas que as espinhas comuns.
No caso da acne fúngica ela também tem pústulas, aquelas bolinhas vermelhas que se parecem com cravos. Mas na maioria dos casos não tem comedões. Contudo, nesse tipo de acne é comum que haja coceira ou comichão na região, além de lesões de mesmo padrão.
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Bibliografia:
- Américo Figueiredo, António Massa, António Picoto, Avaliação e tratamento do doente com acne – ParteII , Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar: Vol. 27 N.º 1 (2011): Revista Portuguesa de Clínica Geral. Disponível em: https://www.rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/10822. Acesso 29 de out de 2022.
- Brasileiro, Eilzo Ferreira, Dermatoses fúngicas na atenção básica de saúde. Disponível em: https://www.revistas.mpmcomunicacao.com.br/index.php/saudecoletiva/article/view/1138
- Vaz, Ana Lúcia. ACNE vulgar: Bases para o seu tratamento. Disponível em: https://www.rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/9989. Acesso 29 de out de 2022.
Fontes: Biossance Buscapé Sallve