Nesta terça-feira (8), mais detalhes sobre a morte de Aaron Carter vieram à tona. Gary Madatyan, amigo de longa data do cantor, conversou com o Entertainment Tonight sobre o que viu quando chegou à casa do artista no sábado, pouco tempo depois da fatalidade.
Madatyan estava acompanhado de Melanie Martin, ex-noiva e mãe do filho de Aaron. No momento em que os dois chegaram no local, a polícia havia acabado de começar a investigação e o corpo ainda estava na casa. “Quando cheguei lá, a casa estava completamente fechada. Não conseguimos entrar. Depois que eles removeram o corpo, eles permitiram que apenas algumas pessoas entrassem na casa. Nós só queríamos ver se havia sangue, álcool ou qualquer coisa lá dentro“, contou o amigo.
Foi então que, logo após receberem o aval das autoridades locais, ambos se deslocaram para o interior do cenário mórbido. “Fui ao quarto dele. O quarto estava normal. Fui ao banheiro onde a banheira estava cheia de água, com uma cor amarelada”, descreveu. Gary disse que avistou diversas latas de aerossol na moradia e revelou que Aaron estava lidando com o vício de inalar ar comprimido. O relato confirma as informações divulgadas pelo TMZ nesta segunda-feira (7) de que o artista realmente estaria enfrentando problemas com a dependência química.
O amigo próximo de Carter ressaltou que, pessoalmente, nunca viu o astro fazer uso da substância, entretanto, um post no Instagram de Aaron o deixou em alerta. “Assim que vi [a publicação], eu e Melanie, recebemos uma mensagem de texto dizendo: ‘Isso é ruim. Isso não é bom.’ Estávamos muito preocupados com ele”, relembrou, citando a aparência do cantor. “Ele parecia terrível, ele perdeu muito peso. Ele não estava agindo normalmente, sua mente não estava lá… Ouvi dizer que ele estava tomando muitos medicamentos, não especificamente drogas ilegais, mas estava tomando muitos remédios”, prosseguiu.
Por isso, Madatyan afirmou não acreditar que a morte de Carter tenha sido premeditada: “Acho que ele estava tomando medicações e adormeceu na banheira… acho que é um acidente trágico, porque ele amava a vida. Ele tinha tantos planos, mas também tinha problemas mentais e os vícios… mas ele amava a vida”.
Gary também expôs que a batalha de custódia do filho que o cantor enfrentava com Melanie Martin o afetou demais nos últimos meses. Em setembro deste ano, Aaron Carter entrou em um programa de reabilitação ambulatorial para recuperar a guarda de Prince, de 9 meses. O tribunal havia ordenado que Martin ficasse com a custódia temporária da criança, devido a violência doméstica e preocupações com o uso de drogas de Carter.
“Acho que ele estava indo bem até que esse caso de custódia da criança chegou. Ele ficou muito de coração partido por não poder ver seu filho e teve muitas reuniões com seus advogados”, disse Madatyan, que também enfatizou a crise financeira pela qual o amigo passava. “Ele não conseguia administrar seu dinheiro, estava financeiramente muito ruim. Não havia ninguém para ajudá-lo com isso e ele precisava de alguém“, contou.
Gary ainda relatou que Aaron havia sido diagnosticado com transtorno de personalidade múltipla, esquizofrenia, ansiedade aguda e depressão maníaca. Assim, o amigo de décadas do cantor, disse que tentou encorajá-lo a buscar ajuda. “Tivemos uma conversa. Ele disse: ‘O que você quer que eu faça?’. Eu disse: ‘Podemos, por favor, encaminhá-lo para a reabilitação?’. Ele concordou: ‘Apenas me dê uma semana e eu farei isso. Dê-me duas semanas e eu farei isso’. Nunca aconteceu…”, contou Madatyan. “Eu acho que a doença mental e o vício que ele tinha estavam controlando sua vida. Aaron também era uma pessoa muito solitária em sua mente”, observou ele.
Ao final da entrevista, Madatyan disse o que falaria para o amigo, caso ele ainda estivesse vivo, em um discurso emocionante: “Eu te amo e sempre estarei ao lado de seu filho. Sempre farei o meu melhor por ele, para lhe dar a infância mais linda… Farei tudo por ele neste mundo para que fique feliz”.
O cantor e ator Aaron Carter foi encontrado morto na manhã deste sábado (5), em sua casa em Lancaster, na Califórnia. As autoridades receberam a ligação de emergência por volta das 11h (horário local), e enviaram agentes até a casa. A investigação ainda apontará a causa da morte.
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