Neste domingo (18), a Polícia Civil do Rio de Janeiro descartou a hipótese do ator Thiago Rodrigues ter sido espancado por bandidos após sair de uma festa, no último sábado (10). Além de um vídeo do momento vir à tona, três testemunhas confirmaram que os ferimentos do ator seriam, de fato, resultado de uma queda de uma barraca de feira.
Em conversa com a CNN, Anderson Peixoto, montador de uma das barracas, revelou que presenciou o momento em que Rodrigues se sentou na madeira enquanto ele organizava o local. Segundo a testemunha, ele teria pedido que o artista se levantasse para que pudesse concluir o trabalho, mas o ator teria se recusado. “Assim que ele chegou eu falei com ele, e ele disse que estava esperando o Uber. Não queria descer da barraca”, afirmou Peixoto.
Além do feirante, o casal que prestou socorro ao ator da Record também corroborou o relato. Ambos afirmaram ter presenciado a queda de Rodrigues, que feriu a cabeça no impacto. Já o comerciante Ramiro Magalhães declarou que Thiago estava dormindo quando tudo aconteceu. Sua esposa, Claudia Magalhães, teria auxiliado o galã após o tombo, recolhendo seus pertences do chão.
“Ele estava sentado numa barraca ali na frente assim [com a cabeça abaixada entre as pernas], dormindo. Vi logo que ele cairia caso relaxasse o corpo. O peso da cabeça ia puxar ele para frente, e foi o que aconteceu, ele bateu com a cabeça no chão. Que a gente tenha visto, não teve assalto ou briga”, disse a mulher à CNN.
“Quando vi a cabeça dele toda aberta, ofereci para levá-lo ao hospital, mas ele disse que estava tranquilo. Eu ia pedir um Uber, mas ele disse que pegaria um táxi. Olhei no chão e tinha a carteira dele, com vários cartões de crédito, e a mochila estava toda aberta. Quando ele estava mais calmo, meu marido pegou uma água. Depois, ele pegou o boné para esconder o ferimento e foi embora de táxi”, acrescentou.
Claudia contou ainda que ofereceu carona para Rodrigues até o hospital mais próximo, mas o ator teria recusado e seguido de táxi, sozinho, até a unidade de saúde. O motorista que transportou também deu depoimento para as autoridades, mas não se comunicou com o veículo.
Com os novos desdobramentos, a Polícia Civil incluirá na investigação a tipificação “fato atípico”. O inquérito de roubo foi suspendido. “Uma vez que a investigação comprovou não haver qualquer fato penalmente relevante, o procedimento será suspenso na própria delegacia”, contou a delegada Bianca Lima, de acordo com o g1.
Vídeo veio à tona e desmentiu versão do caso
No momento do acidente, a Praça Santos Dumont, onde o ator foi deixado por uma amiga após uma festa, estava em dia de feira livre e algumas barracas já estavam montadas. Quando tenta se apoiar em uma delas, Thiago cai pra frente e bate com a cabeça no chão. Imediatamente, dois populares se aproximam para socorrê-lo. As autoridades, no entanto, ainda trabalham com a hipótese de um furto após o tombo. O celular do ator segue desaparecido.
“Aqui na delegacia, ele simplesmente disse: ‘Eu não me recordo do que aconteceu’. Assim que soubemos, iniciamos a diligência. Comprovamos que ele não foi vítima. Ele afirmou que saiu de um evento com uma amiga e ela deixou ele em um lugar, que bate com as imagens que temos. Podemos afirmar que é ele nas imagens da feira. Ele está em um local mais alto, tomba pra frente e cai”, explicou a delegada Bianca Lima, responsável pelo caso.
Assista ao momento:
Polícia mostra imagens de Thiago Rodrigues pic.twitter.com/pgM5Q41wQr
— Só Mídias (@MidiasSo) December 19, 2022
Inicialmente, a Polícia Civil trabalhava com três hipóteses no processo: a de que Thiago teria se envolvido em uma briga; a que o ator teria sofrido as agressões depois de uma tentativa de assalto; ou a de que ele teria caído sozinho e batido a cabeça — que acabou se confirmando.
Na semana passada, Thiago declarou ter tido a sensação de ter apanhado de cinco pessoas, mas reforçou que não tinha recordação do que havia acontecido e muito menos de ter sido assaltado.
“Devido ao tipo de lesão, lembro de muito pouco. Então, agora é aguardar mesmo as investigações. A gente não sabe exatamente”, declarou. “Olha, pode ter sido lesão corporal, pode ter sido muita coisa. Porque, na verdade, quando foi dito cinco pessoas, cinco assaltantes, foi dito a sensação de apanhar de cinco pessoas. As conversas vão andando, isso vai virando uma verdade. Não tenho como comandar o que as pessoas dizem ou deixam de dizer”, pontuou.
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