Modelo revela punição de Hugh Hefner para mulheres que se recusassem a fazer sexo na Mansão Playboy

Kayden explicou que entrou na indústria adulta em 2014 como estrela pornô. Na época, ela passava tempo “idolatrando” as modelos, especialmente aquelas apresentadas na Playboy, e sonhava em um dia se mudar para a Califórnia para se juntar a elas. Aos 19 anos, finalmente foi escolhida para o programa de TV e, em seguida, convidada para a famigerada mansão. Contudo, ela não fazia ideia de como era o cotidiano dentro da propriedade que hospedava festas regadas a álcool, drogas e sexo.

Falando sobre alguns eventos perturbadores nas comemorações organizadas por Hefner, a atriz descreveu como as colegas de trabalho eram tratadas. “Hugh Hefner frequentemente expulsava as garotas e pedia aos segurança para removê-las se elas não concordassem com qualquer pedido”, disse Kayla.

Os abusos, no entanto, não se limitavam às áreas do imóvel, mas em várias festas do empresário. “Eu me lembro de uma ocasião, envolvendo o cara de uma banda que pediu para uma garota fazer sexo oral nele na frente de outras pessoas. Isso não aconteceu na Mansão Playboy, foi durante uma viagem para Las Vegas. Ela se negou, disse que não faria. O cara disse para o Hugh que ela ‘não estava sendo divertida’ e, segundos depois, ela foi expulsa”, acrescentou.

A influenciadora contou ao veículo que “todos ficaram em estado de choque”, se questionando o que a mulher teria feito de errado. “Quando Hef descobriu que ela estava de volta à Mansão, ela foi expulsa – e não teve permissão para voltar novamente. Se você não fizesse o que lhe foi dito, você ficaria com o filme queimado em toda Hollywood”, continuou.

Ela também alegou que havia câmeras escondidas espalhadas pela mansão, com cada palavra e movimento sendo observados pelos funcionários. Logo, a palavra “Bad Bunny” [coelhinha malvada, em tradução livre] começou a circular para se referir a meninas que foram retiradas por qualquer “má conduta”.

Para ser uma “Good Bunny” [boa coelhinha], Kayla disse que não era permitido fumar e sempre precisava manter os convidados felizes – sendo que, como muitas celebridades eram amigas de Hugh, ele saberia se as garotas não estivessem cumprindo suas obrigações. “Eram pessoas espalhadas por toda a mansão fazendo sexo em qualquer lugar – nas piscinas, no saguão, na cozinha”, narrou.

Kayden detalhou: “Muitas vezes, fazíamos festas de pintura corporal, onde uma empresa nos patrocinava e colocava suas obras de arte em todo o corpo. Foram grandes negócios, pois nossos rostos estavam estampados em todos os anúncios, além de artigos escritos sobre nós. No entanto, se não fizéssemos o que nos foi dito, seríamos proibidos de participar deles, o que prejudicava nossas chances de sucesso”.

Segundo a atriz, a empresa alimentava a ideia de que as jovens iriam encontrar alguém que pudesse realizar todos os seus desejos enquanto estivessem na mansão. “Fiquei para trás e assisti a maior parte do tempo, mas fomos vendidas com a ideia de que nos casaríamos com alguém rico enquanto estivéssemos na mansão da Playboy, muitas de nós resistimos por causa disso”, lamentou. Na época, ela assinou um “contrato padrão de Playmate” de US$ 25 mil – cerca de R$136 mil, na cotação atual do dólar – e modelou para a publicação dos 18 aos 23 anos.

Depois de sair da revista, Kayla noivou com um homem rico, mas se arrependeu quando percebeu que não poderia se casar por dinheiro. Em 2018, ela se juntou ao OnlyFans e agora ganha US$ 50 mil (R$2,7 milhões) por mês no site. “Eu ouvi tantas pessoas falando sobre isso, então pensei que deveria tentar e logo ganhei muito dinheiro”, esclareceu a modelo.

Por fim, Kayden refletiu sobre a sua relação com a revista de sucesso. “Voltarei à indústria pornográfica se tiver a oportunidade certa e o mesmo vale para a Mansão Playboy. Apesar do que vi no passado, houve uma mudança tão dramática e positiva nos últimos anos – a marca é muito mais diversificada. Se o dinheiro estiver certo, eu aceito, mas posso ganhar cinco mil em poucos dias em casa”, concluiu.

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