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Após as revelações bombásticas da biografia “Spare“, a entrevista do príncipe Harry para a rede britânica ITV continua repercutindo. No bate-papo com o jornalista Tom Bradby, ele lembrou a “reação horrível” da família no velório da avó, a rainha Elizabeth II. Ainda, o duque de Sussex afirmou que chamou atenção dos parentes pela atitude, mas que não perdeu a esperança de se reconciliar com os demais membros da família real.
“O último momento em que estivemos juntos foi durante o velório e, para mim, e acho que todos pensaram nisso, era uma boa oportunidade para reunir a família. Mas, no dia que ela morreu, vimos uma reação horrível da minha família e, pelo que vi e pelo que outras pessoas sentiram, eles estavam na defensiva. E aí vieram as declarações, os vazamentos e as mentiras”, disse.
Apesar de afirmar que ainda pretende se reaproximar dos royals, o ruivo contou não saber por onde começar. “Falei: ‘Estamos aqui para celebrar a vida da vovó e sofrer pela perda dela. Podemos nos reunir como família’. Não sei como vamos mudar isso“, continuou.
Harry também rebateu a afirmação de que teria se mudado para os Estados Unidos com a esposa, Meghan Markle, e os filhos por “interesses financeiros”. “A narrativa distorcida é a de que queríamos sair [do Reino Unido] para ganhar dinheiro. Estávamos decididos a servir o povo, como provamos agora com o trabalho que estamos fazendo. A proposta foi feita de maneira pública, ou seja: ‘Não conseguimos lidar com essa situação e vamos privilegiar a nossa saúde mental’”, explicou.
Na entrevista, filmada na Califórnia, onde Harry vive atualmente, ele ainda expôs à Bradby que alguns membros da Família Real preferem colocá-los como os “vilões” da história: “Eles acham que é melhor nos manter como vilões. Eles não demonstraram vontade de reconciliação”, acrescentou.
Na época do “Megxit”, em 2020, Harry disse que ainda não estava ciente dos “ataques racistas” da família com a esposa. “O quanto eram cúmplices da dor e do sofrimento que era infligido à minha mulher. E o grupo de pessoas que podia ter me ajudado ou impedido aquilo de acontecer era o mesmo que incentivava aquilo. Estou pedindo por uma família, não uma instituição”, declarou.
Segundo ele, um dos principais motivos de seu afastamento foi a quantidade de “vazamentos e mentiras” a seu respeito. “Não precisava ter sido dessa forma… O vazamento e tudo mais. O que me faz pensar que eles já escreveram vários livros. Milhares de páginas dedicadas a enxovalhar a mim e a minha mulher, a ponto de eu ter que sair do país“, concluiu.
Nesta terça-feira (10), foi lançada oficialmente a biografia “Spare”, que reúne grandes revelações sobre a monarquia britânica. O livro narra a história do filho de Lady Di desde a infância até os dias atuais, incluindo seu tempo servindo no Afeganistão – onde ele afirma ter matado 25 pessoas – e seus dias vivendo nos Estados Unidos com a família.
Harry fechou um contrato milionário para contar “tudo”, como a dor com a morte trágica da mãe, seu desligamento da realeza, o racismo sofrido por Meghan Markle, as brigas com o pai, Charles III, e o autoexílio nos EUA. Ele também expôs uma confusão com o irmão, William, que terminou em agressão. Clique aqui para saber os detalhes.
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