Daniel Alves: Tatuagem íntima foi decisiva para prisão do jogador, diz jornal

Daniel Alves: Tatuagem íntima foi decisiva para prisão do jogador, diz jornal


Uma das tatuagens de Daniel Alves teria sido fator decisivo para a Justiça espanhola perceber contradições no depoimento do jogador. Segundo o jornal “El Mundo”, a descrição da tatuagem na parte inferior do abdômen de Daniel, feita pela jovem que o acusa de estupro, comprovou que ele ficou sem roupa no banheiro da boate de Barcelona e foi essencial para que o brasileiro tivesse a prisão preventiva decretada.

De acordo com a publicação, a vítima contou à juíza que viu uma tatuagem de meia-lua que vai desde o abdômen até a zona genital de Alves, quando o futebolista tentou forçá-la a fazer sexo oral e ela resistiu. Questionado sobre a situação pela magistrada, o atleta apresentou versões diferentes da história. Inicialmente, ele admitiu ter o desenho tatuado, porém afirmou que foi atacado pela jovem enquanto estava sentado no vaso sanitário.

Ao ouvir o depoimento do jogador, a juíza o questionou, destacando que, desse jeito, a vítima não poderia ter visto nenhuma tatuagem, porque sua camisa estaria tampando o desenho. O jogador, então, se contradisse, apresentando outra versão dos fatos. Na segunda declaração, Daniel disse que se levantou quando a jovem entrou no banheiro, o que lhe permitiu ver a tatuagem. Além disso, ele alegou que a relação sexual entre os dois foi consentida.

Transferência de presídio

Na manhã desta segunda-feira (23), Daniel foi transferido para a prisão de Brians 2, a poucos metros de Brians 1, onde estava preso de forma provisória desde a sexta-feira (20). Segundo a Secretaria de Justiça do governo da Catalunha, não houve nenhuma ameaça, e a transferência é preventiva, evitando riscos à integridade física do jogador. De acordo com o jornal catalão “La Vanguardia”, ele ficará em uma cela individual com banheiro.

Daniel Alves foi um dos defensores da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2022, no Catar. (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

Esposa de Daniel se manifesta

Ainda na segunda, a esposa de Daniel Alves, Joana Sanz, publicou um vídeo nas redes sociais agradecendo as mensagens de carinho que tem recebido pelo “momento difícil”. Além da prisão do marido, a modelo espanhola passou por outro trauma recente, que foi a morte de sua mãe.

“Faço esse vídeo para que me vejam, tem muita gente muito preocupada. É um momento de calma no meio da tempestade que estou passando. quero aproveitar para agradecer a tantos que estão me apoiando. há mensagens lindas, que nunca encontraria em livros de psicologia, auto-ajuda, superação tem palavras tão cheias de carinhos. Me reconforta muito que tenha gente que se preocupa em me animar. Muito obrigada”, disse ela.

Nova denúncia

Segundo o “La Vanguardia”, outro veículo espanhol, uma amiga da vítima depôs afirmando que também foi abusada pelo brasileiro. Ela teria revelado que o jogador de futebol a apalpou violentamente, parando apenas no momento em que ela conseguiu se desvencilhar e ir embora. De acordo com a publicação, o relato da testemunha está de acordo com a descrição feita pela vítima, que teria visto a abordagem de Alves à sua amiga. “Foi quando percebi como ele tocava minhas amigas e o quanto estava próximo”, afirmou.

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Entenda o caso

Daniel Alves foi detido após ser acusado de assédio sexual na Espanha. Segundo a denúncia, que está na Justiça da Catalunha, uma mulher de 23 anos alegou que foi assediada sexualmente pelo jogador durante uma festa em Barcelona, em 30 de dezembro de 2022.

Na sexta-feira (20), a juíza espanhola Maria Concepción Canton Martín, do Juizado de Instrução 15 de Barcelona, ordenou a prisão preventiva e sem direito a fiança do atleta. O jogador seguirá preso até passar por um julgamento, que ainda não tem data ou previsão para ocorrer.

De acordo com o ‘El País’,  a mulher não pretende receber qualquer indenização sobre o caso, querendo apenas que se faça justiça e que Daniel Alves seja preso preventivamente. Enquanto isso, as autoridades seguem investigando o ocorrido, tomando depoimento de testemunhas, realizando a perícia do local e avaliando os exames médicos. Ele pode pegar até 12 anos de prisão.

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