Nesta segunda-feira (6), em entrevista à Marie Claire Brasil, Camila Pitanga abriu o coração sobre sua vida pessoal, entrando em questões como sexualidade e seu romance com Patrick Pessoa. Os dois estão juntos desde 2021 em um relacionamento monogâmico e, segundo a atriz, não é de seu interesse experimentar outro formato de relação.
“Sei que relacionamentos abertos podem criar um repertório interessantíssimo de reinvenção e de descoberta, mas não quero nada disso. Quero o aprofundamento e a riqueza que existem em estar a dois“, explicou.
“Com o Patrick estou vivendo e descobrindo coisas que eu não tinha vivido com ninguém. […] Estou vivendo um amor muito pleno, rico, com uma vibração da paixão. E a gente está bancando um posicionamento claro, bem convencional, de monogamia 100%, não quero brincar de outras pessoas. Estou 100% focada”, expressou Pitanga.
A carioca, que já foi casada por 10 anos, pontuou que não vislumbra um novo matrimônio: “Nosso projeto não é exatamente casar. A gente não quer juntar tudo. Temos um pacto consciente sobre isso”. No entanto, por ironia do destino, ela revelou que ambos estão morando juntos momentaneamente: “Olha como é a vida: nesse momento, estou reformando minha casa e, por conta daquela roubada de atrasos nas obras, vim morar na casa do Patrick, e dos filhos dele, que estão generosamente recebendo a mim e a minha filha, Antônia”.
“Mas é isso, namorar é muito bom. Pode ser que lá na frente eu me contradiga, mas agora quero ser só namorada. Não quero ter familinha fechada, quero namorar!”, afirmou Camila. A musa ainda ressaltou que seu desejo por hobbies variados, como a leitura e o esporte, aumenta quando está apaixonada. “Quando estou apaixonada, minha pilha aumenta! Aumenta para tudo e numa vibração que é pura eletricidade e que só o apaixonamento traz”, contou.
“E eu e o Patrick temos uma afinidade maravilhosa. Ele é uma formiguinha atômica que nem eu! Gosta de esporte, de poesia. No começo, a gente nem tinha ficado ainda, nem era date oficial, e ele foi almoçar lá em casa e me deu um livro de poesia de presente chamado ‘O Menor Amor do Mundo’, do Rafael Zacca”, recordou.
Outra autora renomada e escolhida para fazer parte dos momentos de leitura – um hábito do casal -, é Clarice Lispector. “Clarice tem isso de aceitar o não saber, de se indagar sobre o que não sabe, sobre suas vendas, seus buracos, a existência, e foi muito emocionante ler Clarice com o Patrick, meu amor, juntos, um olhando para o outro e dividindo coisas que são muito caras para minha alma”, exprimiu ela sobre uma noite específica em que leu trechos da escritora com o companheiro.
Sexualidade
Ao refletir sobre sua orientação sexual, Camila disse que, inicialmente, se imaginava como hétero. Porém, com o tempo, foi entendendo mais de si mesma. “Nasci ou fui nascida hétero. Aquilo de que nem você tem consciência, você escolhe toda uma formatação e eu não tinha como projeto quebrar isso. Fui vivendo e amando e tendo ótimos parceiros. Sou uma mulher afortunada, todos os relacionamentos que tive foram de crescimento, de desenvolvimento”, explicou.
“Sempre amei e fui amada, tenho essa sorte, que nem todo mundo tem, de viver a reciprocidade no amor e no respeito. Esse tesão, sabe, fui construindo porque afetos e sexualidade são coisas que você desenvolve. […] Agora, essa abertura de namorar menino ou menina não tem nada programático”, declarou a atriz, que namorou por 1 ano e 11 meses com a artesã Beatriz Coelho.
Sobre o relacionamento com Beatriz, Pitanga disse que foi um “encontro de amor”, mas teve o seu desfecho. “Minha história com a Bia foi um encontro de amor, de apaixonamento total. Mas é isso, teve a sua curva, a sua estrada e tenho muito respeito pelo que vivi com ela, assim como tenho respeito pelo casamento que tive com o pai da minha filha”, declarou, em referência ao diretor de arte Cláudio Amaral Peixoto, com quem foi casada de 2001 a 2011. Os dois tiveram Antônia Peixoto, de 14 anos.
“Talvez, minha relação com a Bia impacte muito no que ainda é tabu para muita gente. Mas teve um lugar de completude, de gostosura, de intensidade que sempre vivi”, concluiu.
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