Roteirista de “Os Simpsons” detalha sua viagem ao Titanic em submersível que desapareceu, e relembra maior medo

Roteirista de “Os Simpsons” detalha sua viagem ao Titanic em submersível que desapareceu, e relembra maior medo


O escritor e produtor de “Os Simpsons“, Mike Reiss, contou detalhes de sua viagem ao Titanic para o TMZ, nesta quarta-feira (21). No ano passado, Mike mergulhou até as profundezas para ver os escombros do famoso transatlântico no mesmo submersível da OceanGate que desapareceu neste domingo (18) com um grupo de turistas.

A viagem longa fez com que o roteirista da animação da Fox adormecesse no percurso. “Eu caí no sono. Tirei uma soneca maravilhosa no submarino e é uma experiência chocante você acordar achando que está em sua cama e estar a 2500 metros abaixo do oceano”, recordou ele.

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Para a sua surpresa, não era possível ver absolutamente nada lá embaixo. Até mesmo os destroços do navio eram difíceis de encontrar. “Nós sabíamos que estava lá, mas estava uma escuridão total e não tínhamos nenhum guia”, disse ele que, após passar boa parte do curto tempo que possuem lá embaixo procurando, conseguiu suas fotos. “Você fica assustado, mas ao mesmo tempo muito relaxado e muito animado. É maravilhoso”, completou Mike, que só decidiu ir à pedido da esposa.

Submarino está desaparecido desde domingo (18), após levar turistas até o Titanic (Foto: Reprodução/Instagram)

Embora tenha ficado relaxado na maior parte da experiência, Reiss revelou o que mais o deixou assustado.“O único elemento assustador de toda a viagem é a ideia de que, para voltar para cima, eles empurram uma alavanca que libera esses pesos de chumbo e os pesos caem, e então você sobe à superfície como uma corda […]. Se algo der errado com aquela alavanca, aquele interruptor, e não liberar os pesos, eu não sei o que você pode fazer. Você está preso e, obviamente, não pode sair do submarino e fazer isso manualmente”, contou.

Há também as instruções de segurança que são passadas antes de submergirem, mas que, para o escritor, não são muito úteis. “Nós recebemos todos esses conselhos na superfície do tipo, ‘vire à esquerda nesta pedra’. Eles nos enchem de informação que não correspondem ao lugar que estamos exatamente”, disse Reiss, que precisou ainda assinar um termo que deixava claro o risco de morte na expedição. Questionado se repetiria a viagem, Reiss disse que só a faria se as pessoas que estão desaparecidas conseguirem retornar em segurança.

A “Expedição Titanic”, coordenada pela OceanGate, começou em 2021 e custa cerca de US$ 250 mil (R$ 1,19 milhão na cotação atual), incluindo um treinamento para a equipe. O trajeto começa na costa de Newfoundland, no Canadá, e segue por 600 km dentro do Oceano Atlântico. Quando chega ao local, o submarino leva cerca de oito horas (ida e volta) para realizar o passeio até os destroços, que ficam a uma profundidade de 3.800 metros.

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Relembre o caso

Nesta segunda (19), a Guarda Costeira confirmou o desaparecimento do Titan, como é chamado o submersível, no Oceano Atlântico, com o comandante e mais quatro pessoas a bordo. São elas: o empresário bilionário e explorador britânico Hamish Harding, o especialista do naufrágio do Titanic, Paul-Henry Nargeolet, que já liderou cerca de 30 viagens ao navio histórico, além do empresário paquistanês Shahzada Dawood e seu filho, Sulaiman. Veja mais aqui.

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