Uma série de mortes misteriosas de oligarcas russos têm chocado o país, desde o começo de 2022. No dia 23 de junho, a vice-presidente do Loko-Bank, Kristina Baikova, entrou para a lista de óbitos, após cair do 11º andar de um prédio em Moscou, capital russa. A fatalidade rendeu um inquérito policial, que busca apurar as circunstâncias em torno de seu falecimento.
Segundo informações do jornal britânico Daily Mail, Kristina, de 28 anos, e um amigo, Andrei, de 34, estavam juntos em seu apartamento no Khodynsky Boulevard, durante a noite. A dupla bebia pouco antes da queda da executiva, que ocorreu por volta das 3h do horário local.
Ao se dar conta do que havia acontecido, Andrei chamou uma ambulância. Os paramédicos constataram a morte da mulher quando chegaram ao local. Segundo o The Insider, ela não resistiu aos ferimentos do impacto e morreu imediatamente.
Mortes misteriosas
Após o ocorrido, a polícia russa abriu um inquérito, buscando apurar as circunstâncias em torno da tragédia de Kristina. Isso porque seu acidente entrou numa longa lista de mortes misteriosas de magnatas locais. Os óbitos começaram a acontecer após sanções econômicas impostas no país devido à guerra da Ucrânia, que começou nos primeiros meses de 2022.
Antes dela, em dezembro do ano passado, Pavel Antov faleceu após cair da sacada do quarto onde estava hospedado na Índia. O oligarca possuía uma fortuna estimada em R$ 782 milhões e criticava publicamente o governo do presidente Vladimir Putin, especialmente após a invasão e embates com a Ucrânia.
Meses antes, em julho de 2022, Yuri Voronov, de 61 anos, foi encontrado morto em sua casa, nos arredores de São Petersburgo. Seu corpo foi encontrado na piscina, com um tiro na cabeça. A pistola usada no crime foi encontrada no local, bem como as cápsulas da munição, revelou a imprensa russa. O milionário vivia numa região de alto padrão em Vyborgsky, um distrito administrativo e municipal, um dos dezessete no Oblast de Leningrado, na Rússia. Yuri tinha conexões com a Gazprom, empresa estatal da área de energia.
Outra tragédia foi a morte do ex-vice-presidente da empresa de gás natural Novatek, Sergei Protosenya. O magnata de 55 anos foi encontrado morto em sua mansão na Catalunha, na Espanha, ao lado dos corpos da sua mulher, Natalya, e filha, Maria. De acordo com a imprensa espanhola, o corpo de Protosenya não tinha traços de sangue e uma carta de suicídio não foi encontrada.
Sua fortuna era estimada em US$ 440 milhões. A polícia espanhola suspeita que ele tenha esfaqueado as duas e depois se enforcado no jardim da residência, em 19 de abril do ano passado.
Apenas 24 horas após a morte de Protosenya e sua família, o multimilionário Vladislav Avayev, de 51 anos, também morreu. Ele foi encontrado sem vida, assim como sua mulher e a filha de 13 anos, em um apartamento em Moscou. Sua morte seria parecida com a de Sergei, já que a polícia acredita que Avayev teria matado a família com uma pistola e depois cometido suicídio.
As mortes continuaram com o falecimento de Leonid Schulman, de 60 anos, que era diretor da Gazprom. Seu corpo foi achado na banheira de sua casa, em São Petersburgo, junto a uma carta indicando suicídio. A morte de Schulman foi a primeira ligada à Gazprom. Pouco antes da tragédia, o diretor havia tirado uma licença para tratar de “problemas de saúde”. “Nosso colega, chefe do serviço de transporte, Leonid Aleksandrovich Shulman, faleceu. As circunstâncias estão sendo investigadas”, declarou a empresa, em nota à imprensa na época.
Além deles, uma série de outras figuras de destaque no cenário político russo também morreram, entre eles o vice-ministro da ciência da Rússia, Pyotr Kucherenko; o empresário do ramo de energia Igor Shkurko; o magnata do óleo Viatcheslav Rovneiko, e a oficial de defesa e figura próxima de Putin, Marina Yankina.
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