Polícia prende suspeito por morte de enfermeira no RS; homem é primo da vítima

Polícia prende suspeito por morte de enfermeira no RS; homem é primo da vítima


O primo de Priscila Leonardi, Emerson da Silveira Leornardi, foi preso temporariamente pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (13), apontado como o principal suspeito pela morte da enfermeira e ocultação de seu corpo no município de Alegrete, na Fronteira Oeste do RS.

De acordo com informações do UOL, o homem de 30 anos foi levado para a delegacia, e prestou seu depoimento. Depois, foi encaminhado para o presídio da cidade. Segundo a PC-RS, o homem teve  “importante participação” no crime e teria, inclusive, comunicado o desaparecimento de Priscila à polícia, com demais familiares.

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Ao entrar em contato com os agentes, Emerson contou uma história na qual a prima teria saído na noite anterior em um carro de aplicativo. Ele mencionou que, no dia seguinte, quatro homens em um veículo preto teriam ameaçado a vida dele e de seus entes ao questionarem os bens colocados no nome da mulher. O suspeito ainda afirmou que um destes homens portava um fuzil.

A vítima ficou desaparecida por quase 20 dias. Morando em Dublin, na Irlanda, ela veio para a cidade gaúcha em 1º de junho para visitar alguns parentes e possivelmente resolver as questões da herança do pai, Ildo Leonardi. Priscila foi vista pela última vez no dia 19 do mesmo mês, quando iria para a casa de uma prima, onde estava hospedada.

Seu corpo foi encontrado apenas no dia 7 de julho, por um pescador às margens do Rio Ibirapuitã. Foram necessários botes do Corpo de Bombeiros para que o cadáver fosse retirado do local. A moça de 40 anos foi enterrada no mesmo dia, na presença de familiares e amigos.

A enfermeira foi gravada por câmeras de segurança entrando em um veículo preto no dia em que desapareceu. As mensagens enviadas ao celular dela foram visualizadas até às 23h, segundo amigos. De acordo com as autoridades, a principal motivação do crime é financeira, uma vez que teria ligação direta com a herança que ela receberia em breve. A polícia também acredita que outras pessoas estejam envolvidas no caso.

Prisicila Lombardi foi encontrada morta quase 20 dias depois de seu desaparecimento (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)

O suspeito foi interrogado na delegacia antes do cumprimento dos mandados de prisão e de busca e apreensão, emitidos em 27 de junho e cumpridos no dia 13 de julho. A delegada Fernanda Mendonça disse que não irá informar o conteúdo do depoimento para não atrapalhar o andamento das investigações. O conteúdo do mandado também não foi divulgado por se tratar de sigilo judicial.

O portal “Alegrete Tudo”, ressaltou que ainda neste ano Priscila havia ingressado com um processo judicial na 2ª Vara Cível da Comarca de Alegrete, para cobrar uma suposta dívida do primo relacionada à residência que pertencia a ela e ao pai falecido. A enfermeira teria encaminhado uma mensagem via WhatsApp para uma amiga brasileira que reside em Dublin, dizendo que Emerson estava provocando-a e que a relação estava estremecida. O ocorrido também será investigado.

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Causa da morte

A necropsia feita no Posto Médico Legal (PML) de Alegrete aponta que Priscila apresentava lesões possivelmente causadas por espancamento. A suspeita é de que a causa da morte tenha sido estrangulamento com o auxílio de uma fita. O caso é tratado pela polícia como homicídio.

“O resultado da necropsia indicou a prática do crime de homicídio, pelas lesões que o perito constatou que ela tinha. A gente sabe que existia uma herança, um inventário em andamento, que ainda estava em aberto. É uma possibilidade para a gente”, declarou Fernanda, responsável pela investigação.

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Amigos lamentam

Durante o enterro da enfermeira, Liége Monteiro, uma de suas amigas, falou que a morte inesperada causou um choque em todos que a conheciam. “Essa notícia nos trouxe um grau de perplexidade muito grande, porque ela era uma menina tranquila, tinha muitos amigos, conseguia construir uma amizade. Estamos desoladas com essa situação, essa situação trouxe uma tristeza imensa pra nós”, lamentou.

Rafael Hundertmark, advogado que representava Leonardi, afirmou que ela tinha algumas desavenças com a família. “Ela tinha desentendimento com alguns parentes, mas, entre os herdeiros diretos do pai, não havia problema”, esclareceu.

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