Pode preparar o lencinho aí, viu?! No “Que história é essa, Porchat?” desta terça-feira (19), Marcos Frota se emocionou ao falar sobre a morte da primeira esposa, em 1993. O ator lembrou o apoio incondicional do cantor José Augusto, que era vizinho do casal na época. Cibele Ferreira sofreu um acidente de carro na frente de casa e deixou três filhos: Amaralina, Apoena e Tainã. Coincidentemente, o cantor e compositor também foi um dos convidados do programa de Fábio Porchat no GNT.
Quando ficou viúvo, Marcos estava no ar em “Mulheres de Areia“, da Globo, interpretando o icônico Tonho da Lua, e vivia um dos grandes momentos da carreira. Sem forças para contar a verdade para os filhos e desnorteado, o ator encontrou apoio no amigo.
“Fui entender tudo, até cair a ficha do que significaria minha vida a partir dali. Foram 17 anos de casamento, ela foi a pessoa que acreditou em mim. Eu chegando completamente transtornado, na madrugada, o dia amanhecendo, e o Tainã, com 2 ou 3 anos, me perguntou: ‘Papai, a mamãe não vai voltar nunca mais?’”, lembrou. Os dois mais velhos, segundo ele, o esperavam na porta de casa.
Enquanto Frota estava buscando uma forma de encarar a nova realidade, José Augusto foi quem o ajudou. “Eu não tinha forças, estava completamente entregue a uma situação fora de controle. Mas eu precisava ser o pai deles. Quando eu me aproximei, eu vi, chegando perto de mim, um anjo: o Zé Augusto. Aquele tipo de anjo que chega em silêncio. Aquele tipo de amigo que vem pra ficar pra sempre”, relatou.
O ator também lembrou uma fala importante do cantor, no instante de maior fragilidade, que o trouxe de volta para os filhos. “Eu fui privilegiado de ter o abraço de um artista maior naquele instante. Eu falei: ‘Zé, pelo amor de Deus, fica comigo aqui. Eu não sei o que eu vou falar para as crianças’. Ele falou: ‘Você vai ser a mãe dos seus filhos, Marcos’”, relatou.
Segundo o artista, foi a partir daí que ele descobriu e experimentou o que é o “amor de mãe”. “Naquele instante, eu percebi que a tragédia que tinha tomado conta da minha vida, da minha família, tinha, na verdade, tudo pra ser um grande presente. A gente que é pai sabe a presença do pai, a força, o controle, o domínio. Mas a gente não sabe o que é um amor de mãe. E eu estava sendo convidado a experimentar esse amor. Aquele amor incondicional, que você dá e não espera nada em troca. É completamente diferente, é compassível, é humilde, é silencioso, é delicado, é diferente do pai”, falou, emocionado.
“Esse amor quem me ensinou naquele momento com uma frase só foi esse homem aqui”, disse ele, apontado para José Augusto. “O Zé é um anjo na minha vida. Nunca contei essa história pra ninguém, só os meus filhos sabiam. Foi muito grandioso! Obrigado, Zé”, concluiu, agradecido. Os dois ainda compartilharam um lindo abraço, com lágrimas nos olhos, ao som dos aplausos da plateia.
O compositor também deu sua versão do dia em que Cibele faleceu. “Aquela madrugada foi muito difícil, porque a gente aguardava ele chegar, com duas crianças pequenas. Eu não sabia o que falar, só tentava protegê-los.”, relembrou. “Esse encontro aqui foi ao acaso, porque eu me convidei pra fazer o programa. Eu e Fábio fizemos um filme juntos e eu falei que queria fazer o programa, foi coincidência você aqui”, acrescentou José.
Assista ao relato completo:
Separa o lencinho aí na sua casa pic.twitter.com/azps8Pljkn
— Fabio Porchat (@FabioPorchat) September 20, 2023
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