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Um homem de 46 anos foi internado no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, na Paraíba, após ingerir em excesso remédios para disfunção erétil. De acordo com o g1, ele teve ereção contínua por três dias e recebeu alta na madrugada desta segunda-feira (16). A assessoria da unidade médica concedeu mais detalhes sobre o caso.
Conforme o hospital, o homem deu entrada na UPA Cruz das Armas e, devido à gravidade do quadro clínico, foi encaminhado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Trauma da capital paraibana neste domingo (15). Ele tomou vários comprimidos de sildenafila 50mg, popularmente conhecido como Viagra, e só procurou ajuda médica quando os efeitos do remédio duraram por três dias.
O paciente chegou ao local consciente e orientado, mas reclamava de dores fortes no pênis. Ele passou por um procedimento urológico de drenagem do órgão genital com punção na base do membro, e recebeu alta hospitalar por volta das 5h de hoje, após a realização do procedimento médico e estabilização do quadro.
O médico urologista, André Brasileiro, afirmou ao g1 que neste caso, devido ao uso excessivo de comprimidos, o paciente teve um priapismo de baixo fluxo induzido por medicação. Segundo o profissional, este baixo fluxo causa uma ereção dolorosa uma vez que o sangue não retorna à circulação, permanecendo no pênis.
“Quando falamos das causas especificamente medicamentosas, no caso o uso do sildenafila em doses acima do habitual, o que acontece é que para haver ereção, os corpos cavernosos do pênis se relaxem e permitam a entrada de sangue. Quando o paciente tomou uma dose acima do habitual de sildenafila, o relaxamento deu-se em demasia e o sangue que entrou nos corpos cavernosos não retornou à circulação, mantendo a ereção que, com o tempo, passa a ser muito dolorosa”, informou o médico.
André garantiu a segurança do viagra e fez algumas ressalvas. “O sildenafila, nome químico do Viagra, é um medicamento seguro, porém, como todo fármaco, precisa ser usado sob orientação médica. Existe um mau hábito por parte da população na automedicação e uma situação dessas é consequência disso”, explicou.
O urologista reforçou que o uso de qualquer medicamento deve ser prescrito por um especialista, e a automedicação é contraindicada para a segurança do paciente.
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