Nesta segunda-feira (18), uma criança de 4 anos foi encontrada morta dentro de uma van escolar no bairro da Mooca, zona leste de São Paulo. Segundo as informações iniciais da Polícia Militar, o menino estava embaixo do banco do veículo. O caso foi registrado por volta das 16h, quando a condutora da van foi buscar a criança na escola. A vítima foi identificada pela Folha de São Paulo como João Alisson e estava no último ano da creche.
Segundo o g1, a motorista disse em depoimento que tinha deixado o menino no Centro de Educação Infantil (CEI) Brás-Mooca mais cedo. Quando voltou para buscá-lo porém, foi informada que ele não havia sido levado para o local. Ao abrir a porta da van, encontrou o garoto já sem vida.
Ela relatou, ainda, que entregou os alunos na escola, estacionou o veículo e foi realizar outras atividades. “No momento em que ela foi buscar as crianças na escola, notou que o menino não estava lá. Ela foi até a van e localizou o corpo. Prontamente, a mulher acionou a PM”, informou a polícia. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência foi acionado e tentou manobras de reanimação, mas sem sucesso. O óbito foi constatado no local e o caso encaminhado para a 8º Delegacia de Polícia.
De acordo com o Departamento de Transportes Públicos, a van escolar em questão realiza transporte privado, e não está vinculada ao serviço de Transporte Escolar Gratuito fornecido pela prefeitura. O órgão informou que o veículo está em situação regular e que foi vistoriado em março deste ano. A documentação das motoristas também está em dia. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública disse que uma mulher de 52 anos foi presa em flagrante por homicídio culposo.
O DTP mencionou que irá instaurar um processo administrativo para cassar o cadastro municipal de condutores escolares das motoristas vinculadas ao veículo, bem como da licença da van escolar. Psicólogos e psicopedagogos foram acionados para atender a família da vítima.
Um vídeo publicado pelo portal Viva ABC mostra que a rua Barra do Turvo foi isolada pelos policiais após a ocorrência. De acordo com a publicação, o pai da criança estava “desolado” ao chegar no local. A capital paulista registrou, nesta segunda-feira, temperatura máxima de 31,6°C e os menores índices de umidade se aproximaram dos 30%, de acordo com o CGE da Prefeitura. Alguns termômetros de rua marcaram 35°C no centro da capital paulista.
No dia 14 de novembro, outro menino, de 2 anos, morreu após ter sido esquecido em uma van escolar, em um estacionamento no bairro da Vila Maria, na zona norte de São Paulo. O motorista Flávio Robson Benes e a esposa Luciana Coelho Graft, que o auxilia no transporte de crianças para creche, conseguiram liberdade provisória depois de passar por audiência de custódia e aguardam em liberdade.
Leia a nota da Prefeitura na íntegra:
“A Prefeitura de São Paulo está consternada e lamenta profundamente o ocorrido. A Diretoria Regional de Educação (DRE) acompanha o caso e o Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem (NAAPA), composto por psicólogos e psicopedagogos, foi acionado para atender a família.
De acordo com o Departamento de Transportes Públicos (DTP), a van escolar em questão realiza transporte privado, e não está vinculada ao serviço de Transporte Escolar Gratuito (TEG). O DTP irá instaurar processo administrativo para cassação do cadastro municipal de condutores escolares (CRMC) das motoristas vinculadas ao veículo, quanto da licença da van escolar, e irá acompanhar a apuração da polícia.
Cabe destacar que a contratação da van escolar privada ocorre entre o condutor e o responsável pela criança, não havendo intermediação da Prefeitura. O veículo, com fabricação em 2015, está cadastrado no sistema para o transporte escolar privado, e em situação regular. O veículo escolar passou por vistoria em março de 2023 e foi aprovado. A licença para o transporte escolar é válida até 08 de fevereiro de 2024. A documentação da motorista é regular.
A DRE está à disposição das autoridades competentes para auxiliar na investigação e a pasta permanece disponível para prestar todo o apoio necessário aos familiares”.
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