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O marido de Luzia Tereza Alves, de 86 anos, se salvou de ser mais uma vítima do envenenamento que tirou a vida de sua esposa e do filho dela, Leonardo Pereira Alves, de 58. De acordo com um depoimento do idoso, que não teve seu nome revelado, ele recusou o lanche trazido por Amanda Partata devido a um problema de saúde.
Segundo informações do advogado da família divulgadas pelo g1 nesta quarta-feira (27), Amanda insistiu para que o senhor consumisse o bolo de pote, onde foram encontrados os venenos. Contudo, o homem negou por ter diabetes. Já Leonardo e Luzia comeram o lanche, passaram mal e morreram em um intervalo de algumas horas.
De acordo com a investigação, a advogada foi até a casa do ex-namorado levando pão de queijo, biscoitos, suco e bolos de pote de uma famosa doceria de Goiânia. Um vídeo divulgado na última semana mostra a advogada comprando alimentos. Anteriormente, os agentes acreditavam que o veneno teria sido colocado no suco. A substância, porém, foi encontrada nos bolos.
O relatório também indicou que as mortes de mãe e filho “não foram decorrentes de causas naturais”. A Polícia Científica optou por não divulgar o nome do produto por “questões de segurança”, já que o elemento é de uso industrial, pode ser encontrado na revenda de reagentes químicos e é letal mesmo em pequenas doses. A substância não tem sabor nem odor.
Em coletiva de imprensa, as autoridades apontaram que foi identificada uma “tentativa de rompimento do lacre de um dos doces servidos durante o café”. A perícia, no entanto, confirmou que era possível abrir o pote sem, de fato, romper o lacre.
Amanda está presa desde o dia 20 de dezembro, e passou pela audiência de custódia no dia seguinte. Em nota, seus representantes apontaram que estão esperando o desenrolar das investigações para falar sobre o caso. “Os advogados que representam a Senhora Amanda Partata informam que aguardam os desdobramentos das investigações, cujo trâmite é sigiloso, para se manifestar quanto ao teor das imputações declinadas pela Autoridade Policial. Quanto a prisão da Senhora Amanda Partata consideramos que se efetivou de forma ilegal na medida em que realizada no período noturno em hospital onde se encontrava internada sob cuidados médicos”, informaram.
“Destaque-se, ainda, que a Senhora Amanda Partata compareceu voluntariamente à Delegacia de Investigação de Homicídios, entregou objetos e documentos e, por intermédio de seus advogados, deu plena ciência à Autoridade Policial da sua localização e estado de saúde. As medidas judiciais para preservação e restabelecimento da legalidade serão adotadas oportunamente”, conclui o texto.
Nesta terça (26), o médico Leonardo Pereira Alves Filho, ex-namorado de Amanda, falou pela primeira vez sobre a morte do pai e da avó. Após prestar depoimento na delegacia, ele lamentou a perda dos familiares e revelou que não esperava “tamanha brutalidade” de Amanda. Clique aqui para assistir e ler a íntegra.
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