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Um faxineiro foi agredido por um morador do prédio onde trabalha, após alertar o homem e a mulher dele sobre o uso indevido de trajes de banho no condomínio. O caso aconteceu em Praia Grande, no litoral de São Paulo.
Segundo o faxineiro Publio Neto, ele orientou o casal a sair do prédio pela porta lateral, por estar vestindo trajes de banho. No entanto, o morador não gostou e passou a ofendê-lo: “Ele [morador] olhou para a minha cara e falou: ‘Eu não estou sujo e nem estou com cooler. Vai para merda, vai procurar cagar. Fica aí limpando’“. Em seguida, Publio foi orientado pelo síndico a registrar ocorrência no caderno do condomínio com o número do apartamento do casal.
O funcionário ainda afirmou que, quando o casal voltou da praia, tentou entrar no elevador junto com eles para descobrir o número do apartamento. Em seguida, Publio começou a seguir e filmar o casal. Ele chegou a colocar o pé na porta do elevador para entrar, mas foi impedido pelo morador.
A situação causou uma nova discussão e o faxineiro seguiu filmando os moradores, que seguiam até o apartamento pelas escadas. No vídeo, o morador aparece tentando puxar o celular da mão de Publio. Após uma série de discussões, o homem, que já estava na porta do imóvel, correu em direção ao faxineiro, mas escorregou em um cooler. Em seguida, ele alcançou o funcionário e deu diversos socos nele. O faxineiro gritou por socorro, enquanto era agredido pelo morador. Assista:
🚨 Faxineiro é agredido por morador de prédio em SP pic.twitter.com/EHdEsT1GjT
— D24AM (@portald24am) March 5, 2024
Após se desvencilhar do morador, Publio foi até a Central de Polícia Judiciária (CPJ) da cidade, onde registrou um boletim de ocorrência de “lesão corporal e injúria” contra o casal.
O caso aconteceu no Condomínio Edifício Residencial Vinhas, no bairro Guilhermina. Ao g1, o faxineiro Publio Neto disse que foi “humilhado”. “Estou me sentindo inferior, com muitas dores no corpo e na cabeça. Não estou conseguindo dormir de noite. Estou com o psicológico abalado“, desabafou ele.
Em nota, o Condomínio Edifício Residencial Vinhas afirmou que o síndico prestou suporte imediato ao funcionário. Segundo ele, o faxineiro alega ter sido agredido verbal e fisicamente pelo morador. “O que vemos nas imagens é o funcionário praticando verdadeiros atos de perseguição e assédio em desfavor do condomínio, aos quais pediu veemente e reiteradamente que não fossem seguidos”, afirmou o prédio.
O edifício ressaltou que não compactua com qualquer tipo de violência e, se “qualquer agressão tiver de fato ocorrido, serão os condôminos penalizados“.
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