Olimpíadas 2024: Diretor da cerimônia de abertura se manifesta sobre acusações de que teria zombado da “Última Ceia”, e explica real sentido da cena

Olimpíadas 2024: Diretor da cerimônia de abertura se manifesta sobre acusações de que teria zombado da “Última Ceia”, e explica real sentido da cena


O diretor artístico da cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris 2024, Thomas Jolly, se manifestou sobre as acusações de que teria zombado da “Última Ceia” em um dos momentos do espetáculo. No evento, drag queens e uma modelo transgênero representaram o momento que os cristãos consideram a refeição final que Jesus teria compartilhado com seus apóstolos antes da crucificação.

A conferência episcopal francesa (CEF) condenou as cenas no sábado (27). “Infelizmente, esta cerimônia apresentou cenas de escárnio e zombaria do Cristianismo, que deploramos profundamente”, afirmou. Políticos da extrema-direita da França e de outros países também expressaram descontentamento.

“Para todos os cristãos do mundo que estão assistindo à cerimônia Paris 2024 e se sentiram insultados por esta paródia drag queen da Última Ceia, saibam que não é a França que está falando, mas uma minoria de esquerda pronta para qualquer provocação”, escreveu Marion Marechal no X.

“Abrir os Jogos Olímpicos insultando milhares de milhões de cristãos no mundo foi realmente um péssimo começo, queridos franceses”, acrescentou o político italiano de direita, Matteo Salvini.

Thomas, por sua vez, negou que o intuito do momento denominado “Festividade” tenha zombado da “Última Ceia”. “Nunca encontrarão da minha parte nenhuma vontade de zombar, de difamar nada. Eu queria fazer uma cerimônia que reparasse, que reconciliasse. Que também reafirmasse os valores da nossa República”, disse ele à rede de televisão BFMTV neste domingo (28).

Continua depois da Publicidade

O diretor ainda explicou qual foi a cena que quiseram retratar: “A ideia era fazer um grande festival pagão ligado aos deuses do Olimpo… Olimpismo”. O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos (COJO) também declarou que não houve a intenção de desrespeitar religiosos.

“Nunca houve qualquer intenção de desrespeitar qualquer grupo religioso”, disse Anne Descamps, diretora de comunicações do COJO, em entrevista coletiva. “Se alguém ficou ofendido, lamentamos muito”, acrescentou.



Siga a Hugo Gloss no Google News e acompanhe nossos destaques

Artigos Recomendados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *