Caso Marielle: Assassino confesso da vereadora revela recompensa e valores prometidos para crime: “Eu estava encantado”

Caso Marielle: Assassino confesso da vereadora revela recompensa e valores prometidos para crime: “Eu estava encantado”


Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, revelou o motivo para ter cometido o crime. De acordo com informações divulgadas pelo g1, o criminoso prestou depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (27) e contou que matou a vereadora por ganância. Ele ainda revelou o valor oferecido a ele para a execução.

Segundo Lessa, a quantia estava próximo a R$ 25 milhões, que seria o valor estimado dos dois terrenos prometidos pelos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão. “Eu estava louco, encantado com os R$ 25 milhões que a gente ia ganhar. Era o preço pela morte da vereadora que seria o valor dos terrenos”, disse ele.

O assassino prestou depoimento por cinco horas, porém ele volta a depor nesta quarta-feira (28). Anteriormente, Lessa havia dado detalhes de como foi o dia da ação. O crime aconteceu no dia 14 de março de 2018, e ele confessou que o carro usado era dirigido pelo ex-PM Élcio de Queiroz. Além disso, o delator afirmou que a ação era para ter acontecido três meses antes, mas ele teria “perdido a oportunidade”.

Marielle Franco foi assassinada em 2018. (Foto: Renan Olaz; Câmera Municipal do Rio)
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Na ocasião, Marielle estava em um bar com os amigos. “Esse bar da Praça da Bandeira. Porque esse bar, é, eu já tinha perdido uma oportunidade porque o Macalé não tinha chegado a tempo. E ela estava sentada nesse bar, não sei como o Macalé soube disso. Mas alguém que estava seguindo ela falou: ‘Ela está no bar’. Alguém estava seguindo ela”, disse Lessa.

O Macalé ao qual o ex-PM se refere é Edmilson Oliveira da Silva, apontado pelas investigações como interlocutor dos executores com os mandantes. Ele foi morto em novembro de 2021. “Dia 14, no dia do crime, eu recebi a ligação do Macalé. ‘Tenho uma novidade, cara. É hoje, e eu não estou aí’. Eu falei: ‘Tudo bem, vou acionar aquele amigo lá [Élcio] que estava aguardando o contato para cobrir’. ‘Tem que ser hoje, tem que ser hoje. Porque está ficando estranho, era pra ter acontecido”, afirmou o assassino. Saiba todos os detalhes deste depoimento clicando aqui.



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