Eu sou uma pessoa que adora fazer as unhas – e eu mesma faço as minhas toda semana! Mas recentemente, comecei a notar alguns sintomas muito específicos – pele do rosto irritada em algumas regiões, olhos coçando e vermelhos… Atribui isso a uma reação ao calor + excesso de uso de lentes de contato – nem me lembrei da possibilidade de alergia! Porém ao comentar da situação com minha dermatologista, ela matou a questão na hora: era alergia a esmalte! Pois é, minha gente, depois de muitos anos usando esmaltes de todas as marcas, minha hora chegou – agora estou restrita aos hipoalergênicos…
Embora essa condição não seja incomum (tanto que muitas marcas hoje já são livres de ingredientes potencialmente alergênicos), imaginei que o tema pudesse ser interessante de ser tratado por aqui. Afinal, se eu não lembrei dessa possibilidade, mais gente pode estar sofrendo com alergia a esmalte sem saber, né? Pois vamos aos fatos!
Alergia a esmalte: o que pode causar?
A alergia a esmaltes é uma reação alérgica a certos ingredientes comuns encontrados em esmaltes, bases e top coats. Os principais culpados geralmente incluem tolueno, formaldeído e dibutilftalato, que são solventes e plastificantes usados para melhorar a durabilidade e a aparência do produto. Esses componentes podem desencadear reações alérgicas em pessoas sensíveis. Para identificá-los, é essencial verificar a lista de ingredientes no rótulo do produto, onde essas substâncias podem aparecer listadas. Além desses, outros ingredientes menos comuns, mas também potenciais alérgenos, incluem resina de formaldeído e cânfora.
Principais sintomas
Os sintomas de alergia a esmaltes normalmente surgem na pele, não nas unhas, uma vez que as unhas são compostas de tecido morto. Essa reação alérgica, conhecida como dermatite de contato, inclui sintomas como vermelhidão, coceira e, ocasionalmente, bolhas na pele ao redor das unhas onde o esmalte foi aplicado. Curiosamente, mesmo sem um contato direto com os olhos, substâncias irritantes presentes no esmalte podem causar sintomas como coceira e irritação ocular, devido à proximidade das mãos com o rosto. Embora um teste de alergia ofereça uma confirmação definitiva, muitas vezes um dermatologista consegue diagnosticar essa condição observando os sintomas. Se experienciar essas reações, é importante consultar um médico para tratamento e evitar o uso de produtos que contêm os alérgenos identificados.
Esmaltes hipoalergênicos
Os sintomas de alergia a esmaltes, incluindo a dermatite de contato, geralmente desaparecem após a interrupção do uso de produtos contendo agentes alergênicos, o que inclui esmaltes, bases e top coats. Atualmente, a indústria brasileira de esmaltes tem avançado significativamente na formulação de produtos mais seguros. Muitas marcas já eliminaram substâncias potencialmente alergênicas de suas formulações. Marcas como Risqué, Colorama, Vult e Granado oferecem linhas hipoalergênicas, assim como as coleções especiais da Impala, que incluem parcerias com celebridades e empresas como Globo e Netflix. Contudo, a linha tradicional da Impala ainda não é hipoalergênica. A Dailus também não oferece esmaltes hipoalergênicos. Por outro lado, a maioria dos esmaltes importados, como os da OPI, são formulados para serem hipoalergênicos.
3Free, 5Free, 6Free?
Os rótulos como 3Free, 5Free, e 6Free em esmaltes são indicativos importantes para consumidores preocupados com alergias e sensibilidades. Essas designações informam que os esmaltes são livres de um número específico de ingredientes conhecidos por causar reações alérgicas. Por exemplo, um esmalte 3Free está livre de tolueno, dibutilftalato e formaldeído; já o 5Free também exclui resina de formaldeído e cânfora; e assim por diante, com o 6Free eliminando ainda mais um composto potencialmente prejudicial.
Esses rótulos ajudam consumidores a fazer escolhas mais informadas, buscando produtos que minimizem o risco de irritações. No entanto, é crucial entender que, mesmo com essas exclusões, os esmaltes ainda podem conter outros ingredientes que algumas pessoas podem achar irritantes ou alergênicos. Portanto, mesmo esmaltes com essas etiquetas podem causar reações em indivíduos com sensibilidades muito específicas. Consumidores com histórico de alergias devem continuar a analisar cuidadosamente as listas de ingredientes e, se necessário, consultar um dermatologista para garantir a segurança no uso desses produtos.
Alergia a esmalte: minha experiência
Bom, comentei lá em cima que o que notei foi justamente dermatite de contato (irritação na pele do rosto) + olhos coçando e avermelhados. Depois que removi o esmalte em questão (infelizmente, era um da linha regular da Impala que eu amo! ou seja, não hipoalergênico), os sintomas sumiram quase que imediatamente. No fim das contas, não mudou tanto assim minha rotina – continuo podendo fazer as unhas como sempre gostei, mas agora não posso usar mais qualquer esmalte. Felizmente, já temos boas opções no mercado nacional, facilmente encontradas em qualquer farmácia.
E vocês? Alguém por aí já passou pelo mesmo?
O post Alergia a esmalte: aprenda a identificá-la (e mantê-la sob controle!) apareceu primeiro em Coisas De Diva – Resenhas sinceras e experiências da mulher adulta!.