A repórter Raquel Krähenbühl se emocionou ao vivo, nesta quinta-feira (10), enquanto fazia a cobertura do furacão Milton ao programa “Estúdio I”, da GloboNews. Ela relatava como foi trabalhar noticiando o desastre climático que atingiu diversos condados da Flórida, nos Estados Unidos, e não conteve as lágrimas.
“Era uma tempestade histórica, que podia ser a tempestade do século. Então era nossa obrigação estar onde isso estava acontecendo”, afirmou Raquel, inicialmente. Entretanto, mesmo cumprindo com as recomendações de segurança, ela confessou ter ficado com medo conforme o furacão ia avançando.
“Em alguns momentos, eu fiquei com medo, quando as autoridades começaram a fazer aqueles alertas mais catastróficos. Mas a gente nunca, em nenhum momento, fez algo que estava fora de segurança. Mas deu medo, em alguns momentos. Quando a gente veio para Orlando, foi quando a gente começou a sentir a ventania, chuva muito forte. Era difícil segurar a câmera estável. Eu estava tentando me equilibrar para ficar em pé”, detalhou.
Em seguida, a repórter contou como a situação a afetou. “Quando acabou a nossa cobertura, eu tentei dormir e foi difícil. Eu estava um pouco assustada, mas mais pensando nas pessoas que a gente encontrou no caminho. E pensando que muitas pessoas perderam tudo e não vão ter uma casa para voltar”, lamentou ela.
“Acho que essa tempestade vem também para mostrar para a gente que a gente tem que ter consciência. Desculpa”, salientou Raquel, com a voz embargada. “A gente tem que ter consciência, consumo consciente, porque acaba com a vida das pessoas. Gente que, por décadas… Enfim”, declarou a jornalista, que estava com dificuldades para concluir devido à emoção.
A apresentadora Andréia Sadi, então, expressou seu apoio à companheira de trabalho. “Não tem como não se emocionar. Não tem como não fazer essa reflexão. A gente fala isso o tempo todo aqui na GloboNews. Aqui no ‘Estúdio i’ isso é uma pauta constante e estamos sempre debatendo esse assunto. Não tem como você não se emocionar”, afirmou.
“Nós somos jornalistas, mas somos seres humanos. É impossível você estar aí vendo, testemunhando, vivendo e não parar para olhar o que estão fazendo com nosso planeta”, completou Sadi. Assista à íntegra:
Furacão Milton
O furacão Milton tocou o solo da Flórida na noite de quarta-feira (9), e deixou um rastro de destruição, além de pelo menos 16 mortos, de acordo com a BBC. As equipes de resgate trabalham nos locais atingidos, e é possível que o número de vítimas aumente.
O fenômeno enfraqueceu e foi reclassificado gradativamente da categoria 5 para a categoria 1, à medida que avançava do mar até chegar ao solo e cruzar o estado. As informações foram cedidas em um comunicado do Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC).
O furacão Milton deixou a Flórida em direção ao Atlântico. Enquanto estava em solo, ele trouxe tornados, inundações e o risco de mais tempestades ao sul dos Estados Unidos. Até o momento, 3 milhões de imóveis estão sem energia elétrica devido aos impactos na rede.
As autoridades continuam pedindo para que as pessoas não saiam de suas casas para ver áreas impactadas pelo furacão, pois isso pode atrapalhar a movimentação de socorristas.
Siga a Hugo Gloss no Google News e acompanhe nossos destaques