O advogado criminalista José Lael de Souza Rodrigues Júnior foi morto a tiros em uma emboscada armada por dois homens no final de outubro. Já nesta terça-feira (12), a viúva Daniele Barreto foi presa em Aracaju (SE), suspeita de envolvimento no crime.
O homicídio ocorreu no dia 18 de outubro, quando José estava com o filho, fruto de outro relacionamento. Ambos foram atingidos pelos disparos e chegaram a ser socorridos, mas o advogado não resistiu aos ferimentos. Desde então, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil tem conduzido o caso.
De acordo com o delegado-geral Thiago Leandro, a investigação estava focada em duas linhas de apuração, uma delas envolvendo a possível participação da viúva de José, a cirurgiã-plástica Daniele Barreto. “Por ele ser advogado criminalista, ele tinha uma clientela do crime organizado, de facções criminosas. Focamos muito nessa linha de investigação, mas também tínhamos uma vertente passional”, explicou.
Com o avanço das diligências, Daniele passou a ser uma das principais suspeitas e foi presa na terça-feira (12), junto com outras três pessoas. Os quatro mandados de prisão e busca domiciliar expedidos pela 5ª Vara Criminal de Aracaju foram executados hoje nas cidades de Aracaju e Laranjeiras.“A esposa está presa como suspeita do assassinato e da tentativa de homicídio contra o enteado dela. Assim como outras pessoas estão presas”, detalhou Leandro.
Segundo informações obtidas pela polícia, pessoas próximas à família de José revelaram que ele e Daniele estavam juntos há pelo menos 10 anos. O casal teria um filho e José costumava compartilhar fotos de viagens românticas nas redes sociais, além de declarações de amor à esposa.
Após a prisão, a defesa de Daniele informou que ela passará por uma audiência de custódia nesta quarta-feira (13), dia em que a Polícia Civil também divulgará novas atualizações sobre o caso. O advogado da cirurgiã enfatizou que, no momento, não pode fornecer mais detalhes.
Em resposta a questionamentos do g1, o Conselho Regional de Medicina de Sergipe afirmou que não se pronunciará sobre o caso, considerando tratar-se de uma questão relacionada à vida privada da profissional.
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