Toninho Geraes acusa defesa de Adele de falsificar documentos em processo

Toninho Geraes acusa defesa de Adele de falsificar documentos em processo

O imbróglio entre Toninho Geraes e Adele ganhou novos capítulos nesta quinta-feira (2). O compositor brasileiro apresentou uma queixa-crime contra a cantora britânica, o produtor Greg Kurstin, a gravadora XL Recordings e a distribuidora Universal Music. Na denúncia, são apontadas acusações de falsidade ideológica, uso de documento falso e fraude processual.

A queixa foi protocolada cerca de um mês após Toninho vencer na Justiça do Rio um processo de plágio envolvendo as músicas “Mulheres” e “A Million Years Ago”. Agora, os advogados de Geraes alegam a existência de “irregularidades” na procuração apresentada pela defesa da artista no processo.

Continua depois da Publicidade

Segundo a denúncia, o documento em questão foi apresentado com atraso, justificado pelos advogados como um “pequeno problema” durante uma audiência. O juiz teria repreendido a defesa pelo atraso, visto que a procuração é essencial para que os réus sejam representados legalmente. Além disso, o documento apresentaria “rasuras e entrelinhas inseridas à mão”, enquanto a versão em inglês não seria uma tradução juramentada, como exige a legislação brasileira.

Os advogados de Toninho também destacaram que a defesa da cantora não apresentou uma proposta de conciliação, apesar de esse ser objetivo principal da audiência emergencial requisitada pelos próprios réus. “As prováveis adulterações, além disso, implicam em inegáveis prejuízos para o noticiante, que pensou estar conciliando na audiência com representantes legitimados dos quatro réus, e não com representantes que sequer procuração válida tinham”, enfatizam os advogados de Geraes no documento.

Outro ponto levantado foi a divergência nas assinaturas de Adele presentes na procuração. Por conta disso, os advogados solicitaram um exame grafotécnico para verificar as diferenças entre as assinaturas em português, inglês e o autógrafo da artista. Também foi questionado o local da assinatura, que indicaria São Paulo, embora Adele resida em Los Angeles.

Advogados apontaram diferenças entre o autógrafo da cantora e as assinaturas da procuração. (Foto: Reprodução/UOL Splash)
Advogados apontaram diferenças entre o autógrafo da cantora e as assinaturas da procuração. (Foto: Reprodução/UOL Splash)

Em dezembro do ano passado, após a determinação judicial de retirada de “A Million Years Ago” das plataformas digitais, representantes da cantora, gravadora e distribuidora solicitaram uma audiência emergencial. No dia 19 do mesmo mês, a audiência ocorreu, contando apenas com a presença de Toninho. Ele passou mal durante o procedimento, que durou quatro horas. A ausência dos réus não foi justificada, conforme demanda a lei brasileira.

Continua depois da Publicidade

Em declaração ao UOL Splash, o advogado de Toninho afirmou que a possível falsificação pode configurar crime de estelionato. “Parece que não estávamos a negociar com a cantora, naquela audiência [de 19 de dezembro], mas, sim, a participar de uma farsa protagonizada pelos réus”, disse.

A queixa-crime acrescentou: “Os fortíssimos indícios levam a crer que, diante do ‘pito’ judicial recebido na assentada, resolveram os partícipes da possível falsidade se arriscar com a apresentação dos documentos falsos”.

Até o momento, nem Adele nem a Universal Music se manifestaram sobre as novas acusações.



Siga a Hugo Gloss no Google News e acompanhe nossos destaques

Artigos Recomendados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *