admin Durante sua participação no videocast “Conversa Vai, Conversa Vem”, do jornal O Globo, Chay Suede compartilhou reflexões sobre os efeitos da pornografia na construção do imaginário masculino. O ator, que atualmente vive o vilão Mavi na novela “Mania de Você“, destacou como a exposição precoce a esse tipo de conteúdo impactou profundamente sua geração.
“Sou de 1992, internet discada. A banda larga veio para mim em 2003. Minha geração, talvez, foi a primeira que teve contato brutal com a pornografia. Estava ali o tempo todo. Muitas vezes, a gente baixava uma música e vinha um vídeo pornô junto. Pornografia é das piores coisas que se pode fazer com a vida sexual de alguém”, afirmou o galã, em entrevista com Maria Fortuna.
De acordo com Chay, ele decidiu parar de ver pornografia, há anos, e explicou o porquê. “Eu, por experiência própria, não consumo pornografia há anos. Tento convencer os amigos a não consumirem. Você deseja menos, fica menos atento aos detalhes, ao presente. O contato sexual e físico pode ser muito além do que você enxerga. Temos muitos sentidos”, detalhou. O ator ainda defendeu a importância de repensar os padrões estabelecidos pelos filmes eróticos: “A pornografia resume tudo a um super close e a coisas que não são reais”.
Suede também destacou como a ampla acessibilidade ao conteúdo pornográfico, especialmente em dispositivos móveis, pode impactar negativamente a formação sexual dos jovens. Segundo o artista, a exposição precoce pode acabar inibindo o desejo sexual e limitando a capacidade de desenvolver fantasias saudáveis. “Essa pornografia acessível de hoje, no celular, para alguém que ainda tem a vida sexual pela frente é brutal. Canibaliza e destrói o desejo sexual e fantasias que poderiam ser ricas e acabam se tornando tristes e deprimentes“, elaborou.
Para o ator, a pornografia cria uma ideia distorcida do prazer feminino, levando muitos homens a ignorarem as necessidades e desejos reais de suas parceiras. Ele enfatizou que a construção de um imaginário saudável foi influenciada pelas conversas francas com seu pai: “Nunca foi um tabu falar sobre sexo, sobre o que e como uma mulher gosta que as coisas sejam feitas. Antes de qualquer coisa, meu pai sempre me ensinou a respeitar os limites e desejos de uma mulher”.
Confira a entrevista completa:
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