O advogado criminalista José Lael de Souza Rodrigues Júnior foi morto a tiros em uma emboscada armada por dois homens no ano passado. Em novembro, a viúva, Daniele Barreto, foi presa por suspeita de encomendar o assassinato do marido e, nesta sexta-feira (12), a cirurgiã-plástica foi indiciada pelo crime.
Segundo informações da Polícia Civil de Sergipe, Barreto deve responder por duas práticas criminosas: homicídio duplamente qualificado pela morte de José, e tentativa de homicídio qualificado pelos ferimentos causados ao filho do advogado no momento do atentado. Além dela, outras seis pessoas foram indiciadas no caso. A denúncia foi encaminhada ao Ministério Público de Sergipe, que comandará os próximos passos do processo.
Após a decisão da Justiça de Sergipe, as autoridades solicitaram que a prisão temporária da suspeita fosse convertida em preventiva. A Secretaria de Segurança Pública de Sergipe se manifestou sobre o caso. Em nota ao UOL, o órgão afirmou que a medida é necessária para transferir os presos para o sistema prisional do estado.
O homicídio ocorreu no dia 18 de outubro, quando José estava com o filho, fruto de outro relacionamento. Ambos foram atingidos pelos disparos e chegaram a ser socorridos, mas o advogado não resistiu aos ferimentos. O jovem também foi baleado, porém sobreviveu. De acordo com a delegada Juliana Alcoforado, pai e filho tinham saído de casa para comprar um açaí, a pedido de Daniele. As vítimas começaram a ser perseguidas assim que deixaram o prédio onde moravam.
“Temos imagens tanto da esposa quanto de sua amiga em um bairro periférico [onde teriam sido contratados os pistoleiros] alguns dias antes. Inclusive, no dia do crime, a amiga e a secretária da esposa estavam nesse bairro, em um carro, e receberam os dois indivíduos responsáveis pela ação delitiva. A partir daí, não havia mais dúvidas da participação delas também no crime”, declarou a delegada.
Desde então, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil tem conduzido o caso. Com o avanço das investigações, Daniele passou a ser uma das principais suspeitas e foi presa no dia 12 de novembro.
José, a vítima, e Daniele estavam juntos há pelo menos 10 anos. O casal tinha um filho, e José costumava compartilhar fotos de viagens românticas nas redes sociais, além de declarações de amor à esposa.
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