A analista de marketing Beatriz Lopes Miranda, de 25 anos, passou por uma situação inesperada. A jovem de São Paulo deu entrada no hospital com dor de estômago, mas foi surpreendida com o diagnóstico: ela não só estava grávida, como em trabalho de parto. Beatriz não sabia da gestação e passou os nove meses sem nenhuma suspeita.
“O único sintoma que tive foi azia, nada além, e como na minha primeira gestação eu sofri muito com isso, foi quando acendeu o alerta para que eu fizesse os testes, mas deram negativos”, disse ela em entrevista à CRESCER, publicada nesta sexta-feira (10).
Segundo Beatriz, o seu ciclo menstrual nunca foi 100% regular. Na época, ela ainda amamentava Ayla, sua primeira filha, a quem tinha dado a luz há menos de um ano. O médico explicou que o ciclo poderia voltar a ficar regular em até um ano. “Mas eu continuei tendo os ciclos durante a gestação”, afirmou.
“No dia em que o bebê nasceu, eu acordei com uma forte dor na barriga, algo totalmente diferente das contrações, era uma dor intensa e constante”, lembrou ela. Beatriz disse que as dores começaram por volta das 3h da madrugada e, às 7h, ela pediu para o marido levá-la ao hospital. De acordo com ela, neste momento “algo estava errado”.
Quando chegou ao hospital, foi informada de que estava em trabalho de parto. “Foi desesperador, a minha primeira filha tinha menos de um ano e eu não me sentia preparada para cuidar de dois bebês, foi uma surpresa muito grande”, admitiu ela. Entretanto, em 19 de setembro de 2024, às 14h57, Isaque nasceu.
“Após o nascimento, ele foi levado para a UTI, pois estava com uma leve dificuldade para respirar. Eu não consegui visitá-lo devido ao choque de informações, precisei ficar sozinha para processar tudo que havia acontecido”, afirmou a mãe. O bebê ficou ficou internado na UTI por apenas um dia e logo voltou para a família.
Depois do susto, Beatriz conseguiu se acalmar. “Depois de pegá-lo e ver que ele nasceu perfeito apesar de tudo, fiquei extremamente feliz e, a partir daquele momento, passei a amá-lo”, ressaltou. A família dela cuidou de tudo em relação ao enxoval, enquanto a mulher estava na maternidade.
“Quando tive alta do hospital [quatro dias depois] estava tudo pronto para recebermos o nosso ‘escondidinho’, não tive que me preocupar com nada, meu filho ganhou tudo que um bebê precisa”, comentou. Agora, três meses depois do nascimento de Isaque, Beatriz falou que está aproveitando a vida como mãe de dois.
“Todos os dias eu olho pra ele e vejo uma força enorme, a minha família é a minha motivação e eu vivo por eles, agora o nosso pequeno chegou para complementar tudo isso e eu o amo cada dia mais”, ressaltou.
Apesar de raro, este tipo de caso é chamado gravidez silenciosa e ocorre devido a uma série de fatores que atuam em conjunto e tornam mais difícil identificar uma gestação. Entre os sintomas estão: medo e estresse, associar outras explicações para os sintomas da gestação, sobrepeso ou obesidade, menstruação irregular, pequenos sangramentos durante a gestação, posicionamentos incomuns do bebê e da placenta.
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