O fotógrafo brasileiro Flávio de Castro Sousa, desaparecido desde o dia 26 de novembro em Paris, foi encontrado morto no rio Sena, na região de Saint-Denis, subúrbio de Paris. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o corpo de Flávio foi localizado no sábado (4) e estava em avançado estado de decomposição, preso a galhos de árvore.
A confirmação da morte veio nesta quinta-feira (9), segundo informou a polícia francesa à família do fotógrafo. A região onde o corpo foi encontrado sugere que ele foi levado pela correnteza do rio por aproximadamente 20 quilômetros, desde a área da Ilha dos Cisnes, perto da Torre Eiffel, onde Flávio foi visto pela última vez, conforme indicam as gravações das câmeras de vigilância.
Apesar de não apresentar sinais de violência externa, a polícia francesa ainda realizará exames adicionais para determinar a presença de substâncias químicas no corpo, o que poderia fornecer mais detalhes sobre as circunstâncias da morte.
A busca por Flávio envolveu não só a polícia local, mas também a Interpol e o adido da Polícia Federal brasileira em Paris, Luiz Ungaretti. Durante as investigações, itens pessoais de Flávio, como seu telefone celular, notebook e uma escova de dentes, usada para obtenção de amostra de DNA, foram entregues às autoridades francesas.
Segundo o jornal, a família de Flávio ainda não recebeu os pertences do fotógrafo. No Brasil, o apartamento alugado por ele em Belo Horizonte foi devolvido e seus bens foram entregues à sua mãe, Marta Maria, que reside em Candeias, Minas Gerais. A comunidade e amigos do fotógrafo aguardam mais informações.
Flávio chegou à capital francesa no início de novembro, para fotografar o casamento de conhecidos brasileiros e visitar a cidade durante algumas semanas. Na noite anterior à volta ao Brasil, ele caiu no rio Sena e foi hospitalizado. O mineiro recebeu alta no mesmo dia, entretanto, acabou desaparecendo também no mesmo dia. Diante das investigações, a polícia parisiense informou à mãe do fotógrafo que ele havia deixado propositalmente o celular em um vaso de plantas de um restaurante.
No início de janeiro, Carolina Castro, prima de Flávio, foi às redes sociais e descreveu o momento que o fotógrafo foi visto pela última vez em Paris. “Ele se direcionou para uma das margens do Rio Sena. Ele permaneceu por um período de tempo que não vou saber mensurar. Tinha uma câmera de monitoramento urbano que captou a imagem dele e focava bem o local onde ele estava. Então, não há dúvidas de que ele estava lá. Só que essa câmera faz uma rotação de 360 graus para monitorar todo o entorno e, em uma dessas, quando ela voltou para o local, ele não estava“, explicou.
Amigos e familiares se mobilizaram para encontrar Flávio desde o dia do desaparecimento. O Itamaraty também informou que está auxiliando a família com os trâmites para trazer o corpo do fotógrafo para o Brasil.
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