Mulher é colocada em coma induzido e acorda com a notícia de que deu à luz: “Fiquei muito chocada e incrédula”

Mulher é colocada em coma induzido e acorda com a notícia de que deu à luz: “Fiquei muito chocada e incrédula”

Uma mulher de 29 anos de Llantrisant, no País de Gales, passou por uma experiência assustadora e incomum durante sua gravidez. Atlanta McIntyre precisou ser colocada em coma induzido e só descobriu que sua filha já havia nascido depois de acordar. Ela sofria de hiperêmese gravídica (HG), uma condição extrema que causa náuseas e vômitos severos tão graves que precisam frequentemente de tratamento hospitalar.

Atlanta descreveu ao The Guardian como, já no início de sua gravidez, antes mesmo de confirmar com um teste, começou a sentir os sintomas da HG. “Minha doença começou cedo, desde o momento em que soube que estava grávida. Por volta de seis semanas, o enjoo matinal realmente começou. Toda manhã eu acordava passando mal. Tudo que eu comia, eu passava mal. Eu ia e voltava semanalmente. Especialmente no final da minha gravidez, eu ia e voltava diariamente para o hospital”, disse ela.

Seu caso se agravou rapidamente, com vômitos intensos desde as seis semanas de gestação, a ponto de não conseguir reter alimentos, líquidos e até mesmo medicamentos.

A situação da mulher atingiu um ponto crítico em fevereiro de 2024, durante a 29ª semana de sua gravidez, quando ela se engasgou com seu próprio vômito, que foi para os pulmões. Atlanta foi rapidamente levada para o Hospital Prince Charles, onde os médicos decidiram colocá-la em coma induzido para tratar sua condição. “Fiquei ali por umas boas 20 horas antes de fazerem uma cesárea”, lembra ela. A frequência cardíaca de sua filha, Poppy, tinha caído drasticamente, e os médicos alertaram seu parceiro que a bebê precisava ser retirada imediatamente para sobreviver.

Britânica ficou em copa por conta de enjoos na gravidez (Foto: Arquivo Pessoal)

Poppy nasceu prematuramente com apenas 1,4 kg. Após o parto, foi transferida para o Hospital Singleton em Swansea para cuidados intensivos, enquanto sua mãe permanecia em coma. Quando Atlanta acordou, três dias após o parto, o choque e o terror de não saber o estado de sua filha foram fortes. “Fiquei muito chocada e incrédula. Foi assustador não saber se [Poppy] estava bem. Lembro-me de dizer a todas as enfermeiras e ao meu parceiro que eles estavam mentindo para mim sobre tê-la tido”, compartilhou.

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O reencontro de mãe e filha ocorreu cerca de 10 dias depois que Atlanta saiu do coma. “Foi realmente assustador para nós, mas foi incrível vê-la e ver como ela havia progredido apenas naqueles poucos dias em que eu não estava por perto”, disse ela. Agora com 10 meses, Poppy está saudável e em casa com sua mãe.

Ao jornal, Atlanta contou que deseja aumentar a conscientização sobre a hiperêmese gravídica e encorajar outras mulheres que sofrem desta condição a buscar ajuda médica adequada. “Eu diria a outras mulheres: não é normal se sentir assim. Não se deixe levar por quem diz que é só enjoo matinal… Eu era praticamente uma morta-viva”, finalizou.

Poppy já está saudável em casa (Foto: Arquivo Pessoal)
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O que é hiperêmese gravídica (HG)?

Diferente dos enjoos matinais comuns que afetam aproximadamente 80% das grávidas, a hiperêmese gravídica (HG) é uma condição muito mais severa. Os enjoos matinais normais costumam provocar náuseas e vômitos leves que geralmente se resolvem até a 20ª semana de gravidez. No entanto, a HG intensifica esses sintomas drasticamente, com algumas mulheres experimentando mais de 50 episódios de vômito por dia, acompanhados de náuseas persistentes e intensas que podem afetar gravemente a rotina diária.

As consequências da HG não são apenas desconfortáveis, mas também perigosas, levando a complicações como deficiências graves de vitaminas, perda substancial de peso, desidratação e desnutrição. Esses problemas não só colocam em risco a saúde da mãe, mas também podem afetar o desenvolvimento e a segurança do bebê. A gravidade dessa condição ressalta a importância do reconhecimento precoce e da intervenção médica adequada.



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