admin O corpo de Camila Florindo D’Avila, de 23 anos, foi encontrado nesta semana em uma área de mata na cidade de Ibaiti, no norte do Paraná. Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina, Camila foi sequestrada há três meses, em 8 de outubro de 2024, na cidade de Araquari (SC), onde residia.
O local em que os restos mortais foram encontrados fica a mais de 450 quilômetros de distância do lugar do sequestro. Em entrevista à filial da Rede Globo, RPC, o delegado Jose Gattaz Neto deu detalhes da rota do crime e da motivação.
Segundo o policial, Camila mantinha um relacionamento de seis anos com um homem que está sendo investigado por suposta participação em uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas. No momento do sequestro, o casal estava junto, mas o alvo principal do rapto seria ele. As câmeras de segurança da região filmaram o momento em que o homem foge.
“Ocorria uma disputa por pontos de tráfico de drogas e por cargos dentro de uma organização criminosa. O alvo deste grupo criminoso, que sequestrou a Camila, seria o companheiro dela. Mas no momento em que foram fazer a captura dele, ele conseguiu se evadir e a Camila foi sequestrada“, revelou José Gattaz.
Ainda conforme as investigações, Camila foi levada até Curitiba com vida, onde um dos sequestradores foi morto. Ela foi assassinada a tiros no dia 10 de outubro, quando já estava em Itabiti. De acordo com a Polícia, a suspeita é que a morte aconteceu para evitar que ela denunciasse os criminosos.
O corpo da jovem foi deixado coberto de cal em um buraco numa plantação de eucalipto, na área rural da cidade. Os restos mortais foram encontrados pelo Corpo de Bombeiros com a ajuda de cães farejadores.
“Ela estava no lugar errado, na hora errada e com a pessoa errada“, disse o delegado sobre o sequestro.
O namorado de Camila ainda não foi localizado. No entanto, de acordo com o delegado Neto, quatro pessoas foram presas em Curitiba, Foz do Iguaçu e São Francisco do Sul (SC). Os suspeitos deverão ser indiciados por homicídio qualificado, sequestro, roubo majorado, utilização de veículo com sinal de identificação adulterado e por integrarem uma organização criminosa.
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