Suspeita de matar família com bolo envenenado no RS será investigada pela morte do próprio pai; entenda

Suspeita de matar família com bolo envenenado no RS será investigada pela morte do próprio pai; entenda

Deise Moura dos Anjos, principal suspeita de ter matado familiares com um bolo envenenado por arsênio, está sendo investigada pelo suposto envolvimento em uma outra morte, de 2020. Conforme a investigação da Polícia Civil, a vítima, neste caso, seria seu próprio pai, José Lori da Silveira Moura, que faleceu aos 67 anos.

À época, a causa da morte de José foi registrada como cirrose. No entanto, com a tragédia recente no Rio Grande do Sul, as autoridades intensificaram as apurações, que as levou ao caso de cinco anos atrás. A hipótese trabalhada é que Deise tenha envenenado o pai gradualmente, também com arsênio. A polícia ainda considera exumar o corpo para confirmar a suposição.

Outro crime de possível autoria da mulher é a morte do sogro, Paulo Luiz dos Anjos, em setembro de 2024. Ele veio a óbito por suspeita de intoxicação alimentar após ingerir leite em pó levado pela nora. O corpo dele chegou a ser exumado, e o Instituto-Geral de Perícias confirmou a presença de arsênio, reforçando as suspeitas de homicídio.

A série de tragédias, porém, ficou em evidência em 23 de dezembro do ano passado com o caso do bolo envenenado. Zeli dos Anjos, sogra de Deise, preparou o tradicional Bolo de Reis para uma confraternização familiar, que acabou com três pessoas mortas. Neuza Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva, irmãs de Zeli, faleceram no dia seguinte, horas depois de consumirem o doce.

Maida, Neuza e Tatiana morreram após comerem o bolo (Foto: Reprodução/TV Globo)

Já no dia 25, Tatiana Denize Silva dos Santos, filha de Neuza, morreu no hospital devido ao envenenamento. Matheus, de 10 anos, e Zeli permaneceram hospitalizados, mas receberam alta. Segundo a polícia, o principal alvo da suspeita era sua sogra.

Deise foi detida preventivamente no dia 5 de janeiro, e levada para o Presídio Estadual Feminino de Torres. Ela responde por suspeita de triplo homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e com emprego de veneno, e tripla tentativa de homicídio duplamente qualificada.

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Provas periciais também indicam que a mulher pesquisou sobre arsênio e adquiriu a substância por meio de compras online. O “Fantástico”, inclusive, divulgou uma nota fiscal no nome da mulher ao adquirir o veneno.

Um dia após sua prisão, um laudo pericial confirmou o envenenamento e descartou a possibilidade de contaminação natural ou acidental. Os exames constataram que a substância foi adicionada em alta concentração na farinha utilizada por Zeli para fazer o bolo. O que as autoridades investigam agora é como o arsênio foi parar na despensa da sogra.

Bolo foi enviado à perícia, onde o arsênio foi constatado (Foto: Reprodução/TV Globo)



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