Uma coordenadora de intimidade analisou o vídeo dos bastidores das gravações de “É Assim Que Acaba“, divulgado recentemente por Justin Baldoni. Segundo a defesa do diretor, a gravação rebate as acusações de assédio feitas por Blake Lively. Já os advogados da atriz declararam que o trecho de dez minutos corrobora com as alegações feitas por ela na Justiça. Em conversa com o The Hollywood Reporter nesta quinta-feira (23), a coordenadora de intimidade Mia Schachter apontou alguns sinais de alerta.
Segundo Mia, um coordenador provavelmente não estaria no set para uma cena como a do vídeo, já que um beijo nem sequer foi mencionado no roteiro. Ela afirmou que este profissional só acompanha as gravações quando sexo ou nudez simulados são filmados. Caso tivesse alguém, essa pessoa teria que ser muito clara sobre o que era permitido durante a filmagem. Portanto, beijos e toques que não fossem mencionados previamente seriam proibidos.
“A primeira coisa é que ele está tentando beijá-la, e eles claramente não discutiram isso antes, e ela continua se afastando e claramente não quer fazer isso”, alegou Mia. Ela ainda reconheceu que por Blake ser uma grande estrela do cinema, a atriz teve a possibilidade de dizer não. Entretanto, isso não eliminou o fato de que Justin era o diretor e colega de elenco, o que deu a ele mais controle na situação.
“Eu diria que ela tem uma quantidade significativa de poder aqui. Mas, independentemente disso, ele é o diretor e ela deve receber instruções dele. Fiquei meio surpresa que esse é o clipe que sua equipe vazou”, pontuou a coordenadora. Apesar de Mia declarar que não achou ofensiva a conversa entre os protagonistas, ela falou que o coordenador teria que ter interferido em outras situações apontadas por Blake no processo.

“Se eu ouvisse alguém dizendo as coisas que li que ele disse [no processo de Lively], piadas sobre tamanho de pênis e coisas assim, eu teria que intervir. Mas isso coloca até mesmo um coordenador de intimidade em uma posição realmente difícil, porque ele também é o diretor. Então é tipo, a quem você recorre? Se você tem medo de que ele tenha um ego que o levaria a ter qualquer tipo de reação que pudesse atrasar as filmagens, então você se torna o vilão. Eu teria medo de ser demitida, honestamente”, explicou.
Na opinião de Mia, nenhum dos dois mentiu sobre as experiências que tiveram durante as gravações: “Acho que ambos estão falando de suas próprias experiências. Eles estão realmente discordando fortemente sobre coisas como profissionalismo, etiqueta, o que é apropriado, o que não é, o que significa ser um ator”.
“A maioria, se não todos os coordenadores de intimidade e coordenadores de dublês, diriam: ‘Você simplesmente não faz isso. Você não beija alguém se não tiver conversado sobre isso antes.’ Em Hollywood, num passado não muito recente, isso não era fora do comum. Isso não significa que era aceitável, mas estávamos operando com um conjunto diferente de padrões”, acrescentou.
Todavia, Mia destacou que foi “muito condenável” que Justin não tenha consultado Blake antes de improvisar no set: “Ele não perguntou a ela ou sequer mencionou que era algo que ele queria filmar — ele simplesmente foi em frente. Ela se afastou, e então ele fez de novo. Ele definitivamente deveria ter comunicado que era isso que ele queria filmar, mas não o fez”, disse ela. E concluiu: “Para mim, isso é muito condenável, tanto como ator quanto como diretor”. Assista ao vídeo da cena:
Raw video from #ItEndsWithUs reveals some very telling conversation between #BlakeLively and #JustinBaldoni.
Read the full story on why this particular scene is especially relevant to their ongoing legal battle: https://t.co/Nioc0QmtCS
🎥: Courtesy of Bryan Freedman pic.twitter.com/nzSdYu5KBO
— TMZ (@TMZ) January 21, 2025
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