Uma idosa de 64 anos foi atacada por uma mulher com uma seringa no Méier, no Rio de Janeiro, neste sábado (25). A suspeita, de 24 anos, foi presa poucas horas depois pela polícia, e teve sua identidade confirmada pela vítima. De acordo com informações da Secretaria de Estado de Governo do Rio de Janeiro, o crime está sendo investigado como uma possível tentativa de contaminação pelo vírus HIV.
O incidente aconteceu quando a senhora, que é professora primária, estava descendo de um carro de aplicativo. Em entrevista ao “RJ2”, ela relatou que, enquanto se dirigia ao banco, percebeu a mulher se aproximando e falando de forma agressiva.
“Vi aquela pessoa vindo andando, mas vinha falando, falando, assim agressivamente e eu fiz assim pra recuar um pouco, mas ela passou por mim. Eu percebi que ela tinha alguma coisa na mão, ela suspendeu a mão de um jeito e ‘tá’, passou por mim e enterrou o negócio [seringa] aqui“, lembrou a vítima, que foi atingida na coxa.
A professora ainda contou que alguns taxistas, ao presenciarem o ataque, começaram a gritar, o que fez com que a mulher recuasse. “Eles começaram a gritar: ‘Ela está com uma seringa’. Ela começou a voltar e acho que, com eles gritando, ela recuou“, explicou. A vítima também revelou o que a mulher dizia antes do ataque repentino: “Ela estava gritando assim: ‘Eu nunca vou ser presa, não vou ser presa‘”.
Após ser ferida, a idosa foi levada ao hospital Salgado Filho, onde realizou diversos exames e iniciou um tratamento preventivo de 28 dias contra possíveis infecções. Segundo a vítima, ela só terá a certeza de estar livre de contaminações em seis meses.
“Se eu fui contaminada, se o remédio fez efeito, só depois de seis meses. Olha a vida que eu vou levar“, lamentou a professora ao RJ2.

A suspeita, identificada como Karine Soares, irá responder por crime de perigo de contágio de moléstia grave, conforme informações do portal g1. Além disso, durante a abordagem, a polícia encontrou com Karine um papelote contendo uma substância branca, o que levou à acusação de porte de droga para consumo próprio.
Ela foi detida na mesma rua onde ocorreu o ataque por agentes da Operação Segurança Presente, após testemunhas informarem que ela estava usando um macacão vermelho. Depois, a vítima reconheceu a mulher. Karine foi conduzida à 26ª Delegacia de Polícia.
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