Carolina Arruda, brasileira que foi diagnosticada com a neuralgia do trigêmeo, a doença conhecida como a “pior dor do mundo”, revelou um novo diagnóstico em seu perfil no TikTok. Em um vídeo publicado na sexta-feira (7), a jovem de 27 anos contou que, após uma série de exames, sua reumatologista confirmou que ela também tem espondiloartrite axial.
“Essa doença responde a todas as dores no corpo e articulação que eu sinto, e também à limitação dos meus movimentos. Já havia anos que eu procurava uma resposta, e agora finalmente posso começar o tratamento com imunobiológico“, explicou.
A espondiloartrite axial é uma doença inflamatória sem cura que atinge a coluna e a região lombar, causando dor nas costas e rigidez. Em casos mais graves, pode limitar os movimentos. Assista:
Em um novo desabafo postado no domingo (2), Carolina afirmou que voltou a considerar a eutanásia devido às intensas dores que vem enfrentando. Ela havia repensado a ideia quando iniciou um novo tratamento que aliviou consideravelmente os sintomas.
“Até então eu tinha deixado essa ideia em ‘stand by’ […] mas mesmo depois de seis cirurgias, inúmeros tratamentos alternativos, medicamentos e diversas outras terapias que já tentei, a dor continua e tá voltando cada vez mais forte“, declarou.
A brasileira, no entanto, ressaltou a burocracia envolvida para obter autorização e realizar o procedimento na Suíça, onde a eutanásia é legal.
“Essa última semana eu passei os piores dias da minha vida e desde então eu passei a reconsiderar a ideia da eutanásia. Parte dos meus documentos já estão separados, eu estou atrás de um advogado que possa me ajudar a obter esse passaporte e a legalização dos papéis que possam ser aprovados lá na Suíça e aqui no Brasil. O problema é que esse processo é extremamente burocrático e leva muitos anos, podendo chegar a cinco ou mais anos“, desabafou. Veja o relato:
Relembre o caso
Natural de São Lourenço, no sul de Minas Gerais, Carolina Arruda é estudante de medicina veterinária, casada há três anos e mãe de uma menina de 11. Ela contou que as dores, consideradas as “piores do mundo”, começaram aos 16, quando estava grávida e se recuperava de dengue.
A jovem viu sua história repercutir após anunciar que optou pela eutanásia. Em seu caso, os incômodos por conta da neuralgia do trigêmeo atingem os dois lado do rosto, e se manifesta em forma de pontadas ou choques.

No início de julho, em entrevista à Folha de S. Paulo, ela afirmou ter recebido duas propostas de tratamento. Uma delas vinha do próprio neurologista, Wellerson Sabat, junto a uma equipe da Argentina. A outra surgiu de um grupo de médicos da Clínica da Dor da Santa Casa de Alfenas, em Minas Gerais. Ela optou pela segunda e realizou uma cirurgia no final de julho de 2024.
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