O DJ e jornalista Julio Cesar Trindade, de 35 anos, está processando o Hospital Casa de Portugal, no Rio de Janeiro, após realizar uma cirurgia ortognática para corrigir um quadro de apneia do sono e ficar 40 dias em coma. Ele contraiu uma superbactéria e sofreu múltiplas amputações. As informações são do jornal O Globo.
Julio foi internado na unidade em maio de 2024. No entanto, 48 horas após o procedimento, ele apresentou sintomas graves de infecção hospitalar, incluindo insuficiência respiratória e pneumonia aspirativa. Em relato no Instagram, DJ Julio ‘Ele Mesmo’, como é conhecido, contou que precisou de um pulmão artificial para sobreviver.
O estado de Julio se agravou rapidamente e além de ficar em coma por 40 dias, ele sofreu múltiplas amputações, como a perda parcial da perna esquerda e da mão direita.
“Para quem não sabe, entrei no hospital no dia 22 de maio para realizar uma cirurgia simples, mas saí de lá, em coma, após sofrer infecção generalizada, duas paradas cardíacas e precisar de um pulmão artificial para sobreviver, apenas 4 dias depois, o que culminou com perda da minha perna esquerda, dedos do pé e da mão direita, surdez parcial e trauma para uma vida inteira“, desabafou.

O DJ agora busca na Justiça uma indenização por danos morais e estéticos, além do pagamento de pensão, tratamentos médicos e próteses. Ele lamentou as consequências sofridas diante de todo o ocorrido.
“Ainda tento me reerguer, catando os cacos que sobraram, lutando para dar uma vida minimamente normal, na esperança que a justiça seja feita e que eu consiga, ao menos, uma compensação pelos danos permanentes causados. Tudo o que eu quero é JUSTIÇA“, completou.
Em agosto do ano passado, também ao jornal O Globo, Julio explicou que contraiu a superbactéria KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase). A infecção começou no pulmão, mas logo se espalhou para outros órgãos, como rins, fígado e medula. Além do coma e das amputações, o DJ sofreu duas paradas cardíacas e precisou realizar 14 cirurgias. Os médicos chegaram a informar a família que a chance de sobrevivência era de 3%.
O pulmão artificial, ECMO, foi fundamental para a sua recuperação. Contudo, o procedimento não era coberto pelo seu plano de saúde e sua esposa, a jornalista Maíra Gama, precisou recorrer à Defensoria Pública. Quatro horas depois, o juiz deu o parecer favorável para que o plano pagasse os custos. Ele ficou sete dias na ECMO até ser transferido para o hospital Copa D’Or, onde finalizou o tratamento.
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