O médico pediatra Fernando Cunha Lima, de 81 anos, foi preso nesta sexta-feira (7), em Pernambuco. Ele é acusado de estuprar seis crianças. A primeira denúncia contra o médico foi feita no dia 25 de julho de 2024, mas só se tornou pública nesta quinta-feira (6). Em depoimento, a mãe disse que estava no escritório e viu o momento em que ele teria tocado as partes íntimas da criança.
Além disso, ela contou que tirou os dois filhos imediatamente do local e foi prestar queixa na Delegacia de Polícia Civil. Depois deste caso, uma série de vítimas começaram a procurar a Polícia Civil. Fernando supostamente teria cometido os crimes em João Pessoa.
Ele é um pediatra conhecido na capital paraibana e tinha uma clínica particular no bairro de Tambauzinho. A maioria das vítimas ele atendia desde bebês, por isso tinha a confiança das famílias. O Ministério Público pediu a condenação do acusado por quatro crimes cometidos contra três crianças. Uma vez que uma das vítimas teria sido abusada duas vezes.
Existem dois processos abertos contra o médico por estupro: em um primeiro, são quatro vítimas, e em um segundo, há mais duas. Após repercussão do caso, as sobrinhas do médico também procuraram a polícia para denunciar que tinham sido abusadas por ele na infância. Entretanto, elas entram no caso apenas como testemunhas, uma vez que o crime contra elas prescreveu.

A polícia e o Ministério Público estadual (MP) pediram a prisão dele em cinco ocasiões desde o início das investigações, porém todas foram negadas. Em novembro de 2024, os desembargadores da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba decidiram acolher o recurso do MP de forma unânime e determinaram a prisão dele pela primeira vez.
“A necessidade de impedir possível reiteração delitiva justifica nesse momento e sob minha ótica, a decretação da prisão preventiva, com respeito às demais entendimentos, para garantia da ordem pública”, afirmou o desembargador Ricardo Vital.
Ao chegar na delegacia depois de ser detido, Fernando conversou com os jornalistas. Ele disse que tem certeza de que não ficará preso por muito tempo. “Agora, com a minha doença, eu não vou ficar preso”, afirmou. Ao ser questionado por um repórter sobre o que afirmou, ele respondeu: “Tenho certeza. Eu vou ficar só dois dias e saio”.
O médico alegou que é inocente e revelou que estava foragido porque não queria ser preso. Ele ainda declarou que estava em Pernambuco porque a filha mora lá. Além disso, ele confessou que não se entregou antes porque os advogados não o orientaram a fazer isso.
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