Após mais uma polêmica envolvendo Neymar Jr. e acompanhantes de luxo, Bruna Biancardi, parceira do jogador, se manifestou de forma indireta nas redes sociais. Na noite deste sábado (15), Bruna curtiu uma publicação da criadora de conteúdo Morgana Klein, que refletia sobre a repercussão do caso e seu impacto no relacionamento do casal.
No texto, Klein argumentou que a indignação pública com as supostas traições de Neymar não seria movida por empatia por Bruna, mas sim por frustração com o fato de ela ter escolhido perdoá-lo.
“O que me intriga não é a fofoca. É a torcida… Não sei se Neymar foi ou não foi. E, sendo bem honesta, pouco me importa. Porque, perceba, ninguém torce pelo acerto. O que move o mundo é o erro. Vivemos na era da catarse pública. O erro alheio virou espetáculo, a moral coletiva, um palanque, e o linchamento, um esporte. Dá audiência. Dá engajamento. Dá até uma sensaçãozinha de superioridade. Porque se ele também trai, se ele também falha, se ele também destrói o próprio castelo, então ninguém precisa destruir o seu. É o pensamento reconfortante do fracasso alheio. Porque se não for, se ele não errar, se eles derem certo, alguém vai ter que admitir que o problema não é todo homem. Mas o tipo de homem que você escolhe. E isso, convenhamos, é uma verdade difícil de engolir”, escreveu Klein.
Ela seguiu, apontando que há um desejo coletivo de ver o relacionamento de Bruna e Neymar ruir: “As mesmas que gritam sororidade, são as que querem ver outra mulher se arrebentar. Porque uma mulher que perdoa destrói a narrativa da mulher que se vinga. E quem vive de vingança precisa de um exército de mulheres destruídas para justificar a própria ruína. Elas não odeiam a traição. Odeiam o fato de que ela perdoou. Porque se ela consegue seguir em frente, o que impede você? Se ela pode constuir algo novo, o que te prende no passado?”.

No trecho final, a influenciadora eximiu Neymar da posição de “vilão” e sugeriu que o verdadeiro problema estaria na postura do público: “Se você torce para que alguém se arrebente, não é justiça que você quer. É entretenimento. É vingança. É uma desculpa para continuar sendo infeliz. Talvez o problema não seja ele. Talvez o problema seja o que você faria no lugar dela. Talvez a raiva não seja pela traição dele. Mas pelo fato de que, se fosse com você, você também perdoaria. E não quer admitir”, escreveu.
Ao concluir sua reflexão, Klein destacou que o escândalo não se trata apenas da atitude de Neymar, mas da forma como as pessoas precisam de um “vilão” para justificar suas próprias frustrações: “Não é sobre torcer pelo erro dos outros. É sobre precisar desse erro. Porque se não houver um traidor, não existe um vilão para culpar. E se não houver uma traída destruída, não existe uma vítima para se identificar. Sem isso, sobra apenas a verdade: não são os homens que te traíram. Foi você que escolheu mal. E essa é a única traição que ninguém quer admitir. É fato: quem coleciona quedas não pode esperar tapetes vermelhos. Mas essa história não é sobre ele. É sobre torcida. E o que ela revela. Brega é quem precisa do fracasso dos outros para justificar o próprio”.
A curtida de Bruna não passou despercebida nas redes sociais e rapidamente gerou uma onda de reações. “Ah, claro. Todo mundo é responsável, menos os dois”, ironizou um seguidor.
“Quem está errando é ela por ainda estar com ele. Ele só está escolhendo trair. Tem duas opções, e a família claramente não é a primeira”, apontou outro.
“E ainda curtiu, meu Deus!”, se chocou um terceiro. “Falou, falou, falou e, no fim, colocou a culpa na mulher. E ainda cita sororidade no texto… O caso do Neymar é a prova de como qualquer grande merd* que os homens façam é normalizada. Tá tudo bem, porque sempre tem uma mulher para levar a culpa…”, lamentou mais uma internauta.

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