O delegado Aldo Galiano, responsável pela investigação do assassinato de Vitória Regina, declarou nesta segunda-feira (17) que o principal suspeito, Maicol Antonio Sales dos Santos, não confessou o crime. À produção do UOL News, do Canal UOL, o delegado contou que ele continua preso em Cajamar (SP).
“Ele pediu a presença da mãe para conversar com o delegado. Até agora [a confissão] é especulação. Confissão é muito séria para se divulgar. Só após assinar e ser analisado o conjunto. Por enquanto, nada”, afirmou. A polícia, entretanto, considera que Maicol pode ter agido sozinho por ter criado uma obsessão pela vítima.
O rapaz é apontado como suspeito central na investigação por ter supostamente perseguido a jovem desde agosto de 2024, monitorando seus passos e arquivando registros dela em seu celular. No aparelho, foram encontrados um print de uma publicação feita por Vitória na noite do desaparecimento, em que ela avisava que estava voltando para casa, além de fotos de outras mulheres parecidas fisicamente com a vítima.
O sequestro
Vitória desapareceu na noite de 26 de fevereiro, após sair do trabalho em um shopping da região e seguir seu trajeto habitual para casa. Imagens de câmeras de segurança mostram que a jovem foi abordada por dois homens em um carro enquanto aguardava o ônibus. Desconfiada, ela chegou a enviar mensagens para uma amiga relatando o incômodo com a atitude deles.
Momentos depois, outros dois homens se aproximaram e ficaram no mesmo ponto. Os três embarcaram no ônibus, mas, segundo a jovem, desceram antes dela. O motorista do coletivo confirmou que Vitória desceu sozinha em uma estrada de terra no bairro Ponunduva, onde morava com a família. Esse foi o último local onde foi vista.

Câmeras de segurança registraram o veículo de Maicol, um Toyota Corolla prata, circulando pela área onde Vitória desapareceu. Segundo as investigações, ele teria seguido a vítima até o ponto de ônibus e a sequestrado ao descer do transporte.
A investigação aponta que Vitória foi mantida em cativeiro antes de ser assassinada. Segundo laudos preliminares, ela foi torturada e teve os cabelos raspados. A perícia trabalha com a hipótese de que a jovem tenha sido violentada sexualmente antes de ser morta por um corte profundo no pescoço, que causou hemorragia fatal. O corpo foi encontrado uma semana depois, em uma área de mata em Cajamar.
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