A 12ª DP (Copacabana) recuperou um carro blindado da socialite Regina Lemos Gonçalves, que desapareceu no período em que ela ficou em cárcere privado no edifício Chopin, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Segundo o jornal O Globo, trata-se de uma Zafira, ano 2011, que estava com um ex-funcionário, Robson Luiz Sales.
A polícia investiga a denúncia feita por Regina e seus familiares, a qual seu ex-motorista e marido, José Marcos Chaves Ribeiro, teria isolado a idosa para se apropriar de seus bens. Além do furto contra a socialite, o homem é investigado por tentativa de feminicídio, cárcere privado e violência psicológica.
Segundo o delegado Ângelo Lages, titular da 12ª DP, um inquérito foi instaurado para apreender os bens de maior valor de Regina. Eles teriam sido furtados durante o período de convivência dela com o ex-motorista. A vítima, com a ajuda de parentes, está relacionando tudo o que teria sido subtraído. José Marcos, por sua vez, continua foragido da Justiça.
“O carro estava na posse de um dos investigados. Vamos entrar com medidas cautelares na Justiça, a fim de buscar mais bens e identificar todas as pessoas que se apropriaram da fortuna dela”, explicou Lages o site.

A família de Regina informou que ela sempre teve medo de ser vítima de sequestro e, por isso, andava com o carro blindado. Segundo a polícia, Robson estava sob posse do veículo mesmo tendo um mandado de busca e apreensão contra ele por apropriação indébita.
Na delegacia, o homem alegou que trabalha como segurança e que não devolveu o carro porque havia uma medida protetiva, que o impedia de se aproximar da socialite. De acordo com parentes da idosa, o ex-funcionário agia como um “capataz de José Marcos”.
Em seu depoimento, Sales afirmou ter sido contratado como caseiro de Regina em 2016. O serviço, no entanto, não se limitava à vigilância da casa. Ele relatou que também cuidava dos jardins, da piscina, da manutenção da mansão e dos animais.
Robson ainda foi questionado sobre os objetos de valor que tinha no imóvel de Regina, e confirmou a existência de pratarias, obras de arte, tapetes e vasos de porcelana oriental. No entanto, o ex-funcionário afirmou desconhecer o montante dos itens. Por fim, o homem contou ter recebido quase R$ 200 mil por uma suposta demissão como caseiro.
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