O Centro Universitário de Telêmaco Borba (UNIFATEB), onde o caso aconteceu, publicou uma nota de repúdio. “Não somos coniventes com qualquer tipo de desrespeito, preconceito ou discriminação, e não compactuamos com comportamentos que atentem contra a dignidade de qualquer indivíduo. Reforçamos que essa atitude é inaceitável e absolutamente incompatível com os princípios e valores que norteiam nossa instituição”, afirmaram.
“Na UNIFATEB, a cordialidade, o respeito e a inclusão são valores inegociáveis e constituem a base da nossa cultura educacional. Seguiremos firmes na promoção de um ambiente seguro, acolhedor e justo para todos”, continua o texto.

A Subseção de Telêmaco Borba da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também se pronunciou. Em nota, o órgão disse manifestar “profundo pesar e indignação diante das ofensas, injúrias e ameaças direcionadas a uma pessoa com deficiência”.
“A OAB recebeu com consternação e repúdio as imagens que revelam atos de violência e discriminação contra uma pessoa em situação de vulnerabilidade. A gravidade da conduta se agrava ao constatar o envolvimento de estudantes de Direito, cuja formação deve ser pautada pelo respeito aos direitos humanos e pela promoção da justiça social. […] A OAB reafirma seu compromisso com a ética, a justiça e a defesa dos direitos fundamentais, e se solidariza com a vítima e seus familiares, oferecendo apoio institucional e jurídico para que os responsáveis sejam responsabilizados”, declarou.
A OAB local também afirmou que, em caso de denúncia e condenação, as estudantes podem ser impedidas de ingressar na Ordem: “Ressaltamos que a OAB, em consonância com o art. 8º, VI e §4º do Estatuto da Advocacia (Lei nº 8.906/94), que exige idoneidade moral para o exercício da profissão, tomará as medidas cabíveis em caso de condenação judicial das envolvidas, podendo inclusive impedir o ingresso em seus quadros”.
