admin Na manhã deste sábado (19), moradores de Angelândia, no interior de Minas Gerais, encontraram um bebê recém-nascido abandonado em um terreno vago, na região do Vale do Jequitinhonha. O menino foi achado em estado grave enquanto era atacado por cães. Três pessoas — um homem, uma mulher e uma adolescente — foram presas em flagrante, suspeitas de envolvimento no caso, de acordo com o g1.
Segundo testemunhas, o choro do bebê já era ouvido na vizinhança desde a noite de sexta-feira (18). Na manhã seguinte, ele foi encontrado por dois moradores da região, que o resgataram após espantar os cães que o atacavam. A criança chorava muito e apresentava ferimentos graves, com parte da orelha e um dos pés amputados. Os vizinhos acionaram imediatamente as autoridades.
De acordo com a Polícia Civil, os adultos detidos são mãe e padrasto de uma adolescente de 16 anos, suspeita de ser a mãe do bebê. A família vive no terreno ao lado de onde a criança foi encontrada, no bairro Vila Nova. Testemunhas relataram que os três viram o bebê chorando no lote vago pela manhã, mas a família não prestou socorro.
Ainda segundo vizinhos, havia suspeitas de que a adolescente estivesse grávida, mas a família teria escondido a gestação.
Após o resgate, uma profissional de saúde envolveu o bebê em uma toalha e o retirou do chão. Policiais foram até a residência da família, que estava vazia, mas com a porta aberta. Durante a inspeção, os agentes encontraram uma toalha com grande quantidade de sangue no quarto que seria da adolescente.
Veja o vídeo:
Bebê é abandonado em lote vago em MG pic.twitter.com/ekEtjatpuS
— WWLBD ✌🏻 (@whatwouldlbdo) April 19, 2025
Mãe, padrasto e a jovem foram localizados na casa de parentes, na zona rural da cidade. À polícia, a adolescente negou ter dado à luz. No entanto, os agentes constataram que ela usava uma cinta, o que ela alegou ser para “afinar a cintura”. Tanto ela quanto os responsáveis negaram saber da gravidez.
Exames realizados em uma policlínica apontaram indícios claros de parto recente. O laudo médico indicou que a jovem apresentava “lacerações perineais e saída ativa de sangue”. No exame de toque, foi constatado “colo de volume aumentado, anterior, com orifício interno e externo dilatados, além de presença de sangue”.
A adolescente, cuja identidade não foi revelada, foi apreendida por ato infracional análogo ao crime de tentativa de homicídio qualificado. Após prestar depoimento, ela aguarda decisão do Ministério Público quanto à possibilidade de internação, informou a Polícia Civil.
A mãe e o padrasto foram autuados em flagrante pelo mesmo crime e levados para prestar depoimento. No domingo (20), o casal foi encaminhado ao presídio de Capelinha, onde permanece à disposição da Justiça, segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
Internação
Após o resgate, o recém-nascido foi levado em estado gravíssimo para o Hospital de Capelinha. De lá, foi transferido de helicóptero para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, onde permanece internado.
A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), responsável pela unidade, não divulgou novas informações sobre o estado de saúde do bebê.
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