Kim Kardashian se pronuncia em julgamento de assalto milionário e dá depoimento forte: ‘Tinha certeza que seria estuprada nessa hora’

Kim Kardashian se pronuncia em julgamento de assalto milionário e dá depoimento forte: ‘Tinha certeza que seria estuprada nessa hora’

“Naquele momento, eu tinha certeza de que seria ali que eles iriam atirar em mim. Então, fiz uma oração pela minha família, pela minha mãe, pela minha irmã e pela minha melhor amiga”, narrou Kim, referindo-se à Kourtney e à Simone Harouche. “Eu seria morta a tiros na cama e ela veria isso e guardaria essa lembrança para sempre. Eu realmente pensei que iria morrer”, completou.

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No depoimento, Kim contou que em outro instante, os criminosos amarraram suas mãos, arrastaram-na em direção à banheira e apontaram uma arma para sua têmpora. Não demorou para um deles ver o anel de diamante em sua mão: “Ele disse: ‘Anel! Anel!’ e apontou para a própria mão”.

A amiga de infância e estilista da celebridade, Simone Harouche, também testemunhou no caso. Ela dividia a suíte de dois andares com a empresária e declarou que, durante o assalto, ouviu a amiga gritando. “‘Tenho filhos e preciso viver’. Era isso que ela repetia sem parar: ‘Levem tudo. Preciso viver’. Eu estava com medo de que ela fosse estuprada ou violada. Pensei no pior”, admitiu.

Kim com anel de noivado que foi roubado à época (Foto: Reprodução/Instagram)
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Kim então conseguiu se soltar das amarras, ainda na banheira. Pouco depois, ela foi para a varanda do quarto e se escondeu com a amiga atrás de arbustos. “Consegui tirar a fita e depois fui encontrar Simone. Lembro-me de ligar para minha mãe do mato para contar o que aconteceu, e então acho que enquanto esperávamos a chegada da minha segurança, Simone e eu estávamos tentando bolar um plano: ‘Se eles voltassem, deveríamos pular da janela?’”, cogitou.

O juiz, então, quis saber onde estavam seus seguranças naquela noite. “Naquela época, essa era toda a segurança com que viajávamos. Presumimos que os hotéis eram seguros e protegidos. Toda vez que viajávamos, eles (os guarda-costas) se hospedavam em um hotel diferente e, quando estávamos no nosso, eles voltavam para o deles”, explicou a celebridade. Ela destacou como foi afetada após o roubo. “Então, não consigo nem dormir à noite se sei que não há vários seguranças”, disse.

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Novamente, o juiz questionou uma fala de Kim sobre o caso durante o reality da família “Keeping Up with the Kardashians“. “Em um episódio, você disse que acreditava que os ladrões eram um grupo de pessoas que a seguiram durante toda a viagem e que eles ‘viram no Snapchat’ que você estava sozinha. Eles tiveram uma janela de oportunidade e a aproveitaram. Você se lembra desse episódio?”, indagou.

“Sim, eu lembro. Acho que estava tentando imaginar como eles saberiam que eu estava lá. Mas voltei e assisti ao Snapchat e não era a mesma noite, era a noite anterior”, respondeu. Ela disse que ia fazer um bronzeamento artificial “porque na manhã seguinte ia ao desfile da Balenciaga e estava sem maquiagem. Então acho que a mídia se confundiu e postou aquele Snapchat como se fosse a mesma noite”.

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Réu escreve carta para Kim

Aomar Ait Khedache, um dos réus, escreveu uma carta para Kim, que foi lida em voz alta. “Madame, depois de vê-la em um programa de TV francês, de ver sua emoção e perceber o dano psicológico que lhe causei, decidi escrever. Não com o objetivo de obter perdão… Quero lhe dizer, de pessoa para pessoa, como me arrependo dos meus atos e como me comovi ao vê-la chorar. Sinto muito pela dor que causei a você, ao seu marido, aos seus filhos e àqueles que a amam. É claro que você não pode desfazer o passado, mas espero que esta carta a ajude a esquecer o trauma que sofreu por minha causa”, diz o texto.

De pronto, ela reagiu à mensagem. “Obviamente estou emocionada com isso. Essa experiência mudou a minha vida e a vida da minha família. Nos Estados Unidos, trabalho no sistema judiciário e quero muito ser advogada, e luto para que as pessoas busquem justiça. Eu agradeço pela carta, com certeza. Eu agradeço, eu te perdoo. Mas isso não muda a emoção, os sentimentos, o trauma e a forma como minha vida mudou”, argumentou a Kardashian. “Seu perdão é um raio de sol que me iluminou. Sou eternamente grato”, finalizou o réu.

Kim estava em Paris para a Semana de Moda quando o assalto ocorreu (Foto: Getty)
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Essa foi a primeira vez que Kim Kardashian confrontou os homens. Eles são acusados ​​de amarrá-la sob a mira de uma arma e de roubar cerca de US$ 10 milhões (R$ 56,8 milhões) em itens valiosos, incluindo um anel de noivado de US$ 4 milhões (R$ 22 milhões) dado à famosa por seu ex-marido, Kanye West.

Doze suspeitos foram acusados inicialmente. Um deles, identificado como Marceau Baum-Gertner, veio a óbito em 6 de março. Outro foi dispensado do processo por estar gravemente doente. A maioria tem entre 60 e 70 anos, e foram apelidados pela mídia francesa de “les papys braqueurs” (“os ladrões vovôs” em português). Porém, os investigadores insistem que eles não eram aposentados inofensivos.

As autoridades os descreveram como um “grupo criminoso experiente e coordenado”. Dois dos réus admitiram estar presentes no local, enquanto outros negaram qualquer envolvimento no crime, e alguns até afirmam não saber quem era a empresária. A polícia, por sua vez, garantiu que o grupo rastreou os movimentos da vítima por meio de suas postagens nas redes sociais, que exibiam suas joias, identificavam sua localização e expunham sua vulnerabilidade.

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